Filosofia, perguntado por Usuário anônimo, 10 meses atrás

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1. Compare aparência e realidade nos seguintes filósofos:

A) Tales x Leucipo/Demócrito

B) Empédocles x Parmênides

C) Platão x Heráclito

2. Explique a aparência e realidade segundo os filósofos MATERIALISTAS.

Soluções para a tarefa

Respondido por elamambretti
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1. A aparência e realidade nos seguintes filósofos:

Os pré-socráticos acreditavam que a natureza fundamental da realidade era muito diferente da maneira usual como ela lhes aparecia, ou seja, da aparência. Questionaram assim, a realidade primeira e fundamental do Universo.

Para eles, a physis, que significa natureza, seria a essência do mundo e que explicaria a sua origem. Para compreender o problema da physis, observaram de modo diferente tudo o que é dado na experiência sensível, na aparência de tudo o que vemos acontecer no mundo, a realidade.

A) Tales x Leucipo/Demócrito

Tales de Mileto afirmou que o princípio causador de todas as coisas é a água. Assim, a água seria a physis, a essência das coisas, a identidade de algo que não se altera, mesmo que a aparência se altere, a realidade primeira e fundamental que estaria por trás do que conhecemos no mundo.

Leucipo de Mileto e seu aluno Demócrito de Abdera eram atomistas. Para os atomistas a realidade se compõe de partículas mínimas que são indivisíveis, mas entre essas partículas existe o vazio absoluto, no qual essas partículas se movimentam e chocam entre si.

Eles defendiam que a diferença entre todas as coisas que conhecemos se dá pela diferença entre as formas, as ordens e as posições. Ou entre o ritmo, o contato e o modo desses átomos em relação uns aos outros.para eles, cores, sabores, odores e etc., a realidade era apenas uma aparência, uma convenção: tudo o que existia eram átomos e vazio.

B) Empédocles x Parmênides

Empédocles defendia a doutrina do imobilismo do Ser e substituiu a busca de um único princípio das coisas, pelo que se descreve como os quatro elementos: fogo, terra, água e ar, a partir dos quais surgem todas as coisas, salvaguardando através disso a unidade e a pluralidade dos seres particulares.

Para ele, a natureza, tal como a compreendemos, é fruto da mistura dos princípios metafísicos identificados como as quatro raízes. As raízes cresceram para serem uma só a partir de muitas, de outra vez, separaram se para serem muitas.

As coisas mortais se mantém nesta dinâmica de confluência, entre aparência e realidade, por ação do Amor e de separação, pela Discórdia, na medida em que tais coisas, dentro do seu contínuo intercâmbio, existem sempre imutáveis no ciclo.

Parmênides cria uma distinção entro mundo da aparência e o mundo da realidade, a qual se encontra além de nossa experiência sensível, residindo no pensamento onde as coisas têm uma única forma imutável de ser.

O grande princípio de Parmênides é: o ser é e não pode não ser; o não ser não é e não pode ser de modo algum. Sustentava assim, que nada  se move realmente e que todo movimento aparente não passa de ilusão.

C) Platão x Heráclito

Platão era racionalista.  Aquilo que percebermos pela experiência dos sentidos apenas nos dá aparências e ilusões que servem como estímulo para o desejo de conhecer.

O mundo material é o mundo formado pelo conjunto de fenômenos que se apresentam aos nossos sentidos, sendo constituído apenas de aparências instáveis, mutáveis e efêmeras que não trazem em si explicações da si mesmas.

Assim, o mundo sensível é o mundo das relatividades e cada um segundo seu histórico, interesses e formação, percebe-o à sua maneira, pela opinião.  Pelos caminhos dos sentidos e da opinião, jamais será possível atingir o conhecimento verdadeiro e a causa última das coisas, este caminho somente é possível de ser alcançado pelo uso da razão.

Assim, para Platão, o verdadeiro conhecimento somente é possível pela ação do intelecto racional que faz um verdadeiro interrogatório dialético dos pensamentos. Por meio desta dialética, lentamente começamos a relembrar em nossa mente a verdade, a realidade que se esconde por trás das aparências.

Heráclito, observou a perene mobilidade de todas as coisas que são: nada permanece imóvel e nada permanece em estado de fixidez e estabilidade, mas tudo se move, tudo muda, tudo se transforma, sem cessar e sem exceção. Portanto nada permanece e tudo devém, só o devir das coisas é permanente, e essas só têm realidade justamente neste perene devir.

Acreditava que o fogo era o principio original, porque o fogo expressa o contraste, da harmonia, é perenemente móvel, é vida que vive da morte do combustível, é incessante transformação em fumaça e cinzas, é unidade dos contrários.

2. Em filosofia, materialismo sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações materiais e que a matéria é a única substância.

O materialismo diz que o espiritual é o produto do material, defende que os objetos que vemos, sentimos e conhecemos existem independentemente dos nossos órgãos dos sentidos. Assim, a experiência sensorial do homem as sensações, as percepções e as representações, são aparências e funcionam como fontes do conhecimento que ligam o homem com a realidade do mundo exterior.

Bons estudos!

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