Direito, perguntado por gusta00, 11 meses atrás

Me ajudem.. preciso saber como funciona um Júri simulado. Vou fazer um trabalho sobre isso. Vou ser o juiz nessa apresentação. Queria qual a ordem que cada vai falar no caso. O testemunha,advogado de defesa, e etc

Soluções para a tarefa

Respondido por jailtonsilvapiedade1
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Primeiro passo: definir o problema e encontrar a solução.

A seguir, eu vou conduzir você passo a passo na elaboração de uma petição inicial.

FATOS

Antes de começar a escrever os fatos, pense o seguinte. Você chegou em casa depois de um dia de trabalho. Teve a reunião com o novo cliente. Agora vai trabalhar na petição inicial do caso. É uma história interessante e você decide contar para a sua esposa ou para o seu marido.

Como você contaria essa história? Você consegue fazer isso?

Talvez você já faça isso…E é exatamente disso que se trata. De contar por escrito o que você consegue contar falando.

Alguns advogados dificultam a narrativa dos fatos porque tentam escrever “com estilo”. Lembre-se que você não está escrevendo uma peça de teatro. Você só quer passar uma mensagem para o juiz.

Agora vá aos fatos. Escreva a história do seu cliente. Não complique. Siga uma ordem simples, respondendo essas cinco perguntas:

Onde tudo começou?

Então o que aconteceu?

Quais são as provas?

Qual o contexto?

O que você quer?

Onde tudo começou?

Tudo começa introduzindo o juiz na história.

Se é um divórcio, tudo começou no casamento. “Desde o ano tal, autor e réu são casados.”

Se é um habeas corpus, tudo começou na prisão. “No dia tal, o autor foi preso.”

Se é uma ação de indenização, tudo começou no início da relação entre autor e réu. “Desde o ano tal, o autor contratou os serviços da ré”.

Palavras-chave: “desde”, “no dia”. Elas facilitam esse início.

Então o que aconteceu?

Depois, conclua a história. Tudo começou e algo aconteceu.

Ele foi preso. Mas a prisão é ilegal.

Ele se inscreveu no concurso. Então foi eliminado de forma ilegal.

Ele contratou os serviços da empresa. Porém a empresa praticou um ato ilegal…

Isso é o resumo do processo. Havia uma relação entre o autor e a ré, então aconteceu algo ilegal.

Palavras-chave: “mas”, “porém”, “então”. Adicione a elas “no dia” ou “por diversas vezes”. Essas palavras, combinadas com uma data, vão definir o problema.

Quais são as provas?

Você já tem uma história. Mas de onde saiu essa história? É preciso provas. Reúna todos os documentos, e-mails, elabore uma declaração.

Palavras-chave: “conforme demonstram”, “como comprovado”, “tudo está registrado”.

Qual o contexto?

Essa história está muito pobre. Está faltando um meio. Está faltando um contexto. Existem outras coisas que o juiz precisa saber.

Por que tudo começou?

Por que aconteceu algo ilegal?

Por que você NÃO possui provas?

Os porquês vão enriquecer sua história. Mas lembre-se de ser simples, curto e claro.

Para te ajudar a verificar se sua história traz todos os detalhes, veja se foram respondidas todas as perguntas do famoso Hexâmetro de Quintiliano, lembrado por João Mendes de Almeida Júnior:

Quem?

O quê?

Onde?

Por que meios?

Por qual motivo?

Como?

Quando?

O que você quer?

Você tem uma história. Tem provas dessa história. E o que você quer? Esse é o final dos seus fatos.

Palavras-chave: “à vista disso”, “por isso”, “por todo o exposto”.

DIREITO

Vá ao direito. Essa parte pode ser simples. Ou pode ser muito complicada.

O segredo aqui é explicar:

Por que o que aconteceu é ilegal?

Por que a solução que você quer é a adequada?

Normalmente, esses porquês são um ou dois dispositivos legais. Mas o direito pode ficar realmente complicado. Se sua tese é inovadora, você pode querer fundamentar melhor o seu direito, citando doutrina e jurisprudência.

O importante é responder aquelas duas perguntas. Se você já encontrou uma solução para o problema do seu cliente, você sabe respondê-las.

Se for possível manter as coisas simples, mantenha. Lembre-se sempre que o seu processo não será o único do planeta. O juiz e seus assessores leem muitas petições por dia. Facilite o trabalho deles. Seja simples, curto e claro.

Mas se for preciso entrar em detalhes, entre em detalhes. Às vezes, não é possível ser simples. O direito é complexo. Nesses casos, normalmente a petição tem que ser “menos curta” para ser “mais clara”.

Não existe uma regra absoluta aqui. O importante é saber julgar o seu próprio trabalho. Tenha sua honestidade afiada como uma navalha.

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