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Como era a fome na Alemanha antes e depois da Segunda Guerra Mundial?
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Resposta:
- A Segunda Guerra Mundial teve extraordinário impacto sobre o setor agrícola e alimentar da Europa. Destruição da infraestrutura, obstrução das vias de comunicação, grande mobilização das terras produtivas e da força de trabalho do campo no suporte às forças armadas, além de invasões, bloqueios militares, saques, pilhagens e contrabando resultaram, ao final do conflito, na falta de alimentos, de bens de consumo de primeira necessidade e de energia na maioria dos países europeus. Em vista disso, a fome se manifestou como um dos mais graves problemas durante e após o fim do confronto e contribuiu para manter a sensação de insegurança que permeava o continente europeu desde a Primeira Guerra Mundial. A privação de alimentos básicos, que atingiu milhões de pessoas, implicou em ações emergenciais por parte dos governos da Europa ainda durante o confronto. Além da imposição de regulações para a distribuição de alimentos segundo categorias, após o cessar-fogo, em 1945, as lideranças políticas agiram no sentido de apoiar e proteger a recuperação da agricultura a partir da formulação de programas de investimentos e de outras formas de intervenção setorial por parte do Estado a fim de ampliar a produção de bens agroalimentares. Na concepção desses líderes, sua nação deveria se tornar soberana na produção dos bens considerados essenciais à dieta alimentar local. Do contrário, se os tivessem que continuar importando em grande quantidade, permaneceriam não só muito dependentes da provisão externa, o que colocaria os mercados nacionais em uma posição estrategicamente desfavorável, senão também bastante suscetíveis às flutuações de preços no mercado internacional Além do caráter estratégico da agricultura, no discurso das autoridades políticas das nações europeias, as terríveis experiências históricas de confrontos e suas consequências foram fortes razões para que os governos sustentassem políticas de interferência do Estado no setor agrícola nas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial.
- Desse modo, eles deixaram de se voltar essencialmente a garantir o suprimento alimentar básico do seu mercado doméstico e visaram apoiar a acumulação de capital dos grandes proprietários rurais, tendo em vista que as unidades agrícolas foram se tornando empresas altamente produtivas de gestão eficiente a partir de soluções primordialmente públicas. Por meio de uma pesquisa histórica e explicativa, verifica-se que o processo de modernização do campo possibilitou que muitos países europeus saíssem da situação de escassez e alcançassem a abundância na produção de bens agroalimentares nos anos 1950, tornando-o, em pouco tempo, um setor agrícola muito protecionista, e o convertendo em um domínio gradativamente mais produtivo. Foram conferidas condições ideais de produção às empresas agrícolas. Esse modelo se consolidou em muitos países da Europa Ocidental a partir do imediato fim da Segunda Guerra Mundial e pouco tempo depois passou a funcionar não mais segundo a lógica assistencialista, isto é, aquela voltada a ações estruturadas priorizando a assistência social, mas segundo a racionalidade da produção máxima e eficiente, enquadrando os mercados agrícolas europeus nos novos padrões de produção, especialização, consumo e comércio globais sob o regime alimentar mercantil industrial caracterizado pela forte concorrência e pela acumulação de capital.
Explicação:
ESPERO TER AJUDADO :)