Me ajudem com essa pergunta por favor.
Que ideia é examinada por Hume em "Do padrão do Gosto" ?
Soluções para a tarefa
Em seu texto "Do Padrão do Gosto", o filósofo escocês, David Hume, questiona a possibilidade da universalidade do gosto. Para Hume, gosto não se discute.
Para se compreender como o filósofo chega a essa conclusão é necessário entender como ele explica a origem do conhecimento. Para Hume, adquirimos o saber na experiência, quando colhemos nossas impressões sobre a realidade que, guardadas na memória e ligadas pela imaginação, são construídas as ideias, como se fossem cópias alteradas da realidade.
O conhecimento então, advém dos fatos experienciados a partir das impressões e das ideias que associamos em nossa mente, daí ser essa teoria chamada de empirismo lógico.
Hume coloca que apenas na concordância entre os cidadãos sobre as qualidades morais, baseadas na utilidade e no prazer que proporcionam, é que garante a validade das regras. E ele também leva esse julgamento aos juízos de gosto.
Nos juízos de gosto, Hume demonstra as dificuldades de se chegar a essa ideia comum e a precariedade em concluir alguma ideia definitiva e absoluta sobre o belo.
Ele constata a grande variedade e diferença de gostos e opiniões, mesmo entre indivíduos da mesma cultura e que tenham tido a mesma educação. Não se pode considerar belo apenas as preferências de determinadas pessoas ou culturas, sem que esta implique na perda do direito de discordar e da liberdade de escolha.
Nos juízos de gosto, algumas obras de arte são reconhecidas como belas apenas por uma questão de costume, de valor culturalmente atribuídos, mas que não garantem a sua real beleza, e por isso, uma unanimidade de juízos estéticos.
Para Hume não é possível encontrarmos um padrão, “...uma regra capaz de conciliar as diversas opiniões dos homens...”, porque o sentimento que temos em relação a uma obra é diferente do julgamento que proferimos dela. O sentimento é sempre do indivíduo, não tem referência a nada diferente dele.
O sentimento assinala apenas uma conformidade entre o objeto e as faculdades do espírito, e essas estão no indivíduo. Por isso a beleza, segundo Hume, “...não é uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que as contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente”.
Bons estudos!