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Como os indígenas utilizavam o arco antigamente?
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Resposta:
ARCO: Madeira da palmeira "mbokajá", revestida com trançado de tiras de casca do phylodentron "guembepi" e tiras de taquara "takuapi", presas com cera. A corda é feita com fibra de imbira.
FLECHA: madeira da palmeira "mbokajá" ou, para brinquedos, cana de taquara "takuapi". Penas de papagaio presas com tiras do phylodentron "guembepi".
Tradicionalmente a caça, fonte de sustento dos Guarani, se fazia com arcos de dois metros de altura ou mais , sempre ultrapassando a altura do caçador (susnik,1996).
Segundo Agustinho, quando jovem participou de temporadas de caça em que saiam grupos de dez a quinze pessoas, homens e mulheres, que se embrenhavam durante vários dias na florestas. Procuravam animais como porco do mato, tatú, paca, anta e jacaré, que se caçavam com flechas de ponta lisa, lancetada; estas saiam facilmente da carne do animal, deixando a ferida aberta enquanto ele corria e sangrava até a morte. Macacos e gatos selvagens, segundo os escritos de branislawa susnik, eram caçados com flechas dentadas de díficil extração, e as aves, caçadas com flehas cuja a ponta rombuda, formada por um virote de madeira terminando em ponta, não ficava travada na copa das árvores, caindo facilmente com a presa ao chão.
Agustinho lembra como os homens caçavam e levavam as presas até o acampamento onde as mulheres limpavam a carne e separavam a pele e os orgãos. Ainda hoje a caçada faz parte do cotidiano dos Guaranis Nhande-iva Tambeopé. Os homens embrenham-se na floresta, assobiam e imitam os sons dos animais; porém, arco e flecha foram trocados pela espingarda que preferem hoje em dia. Com essa mudança no tipo de armas, que antes requeria para cada modelo de flech, o conhecimento específico do animal. Para sua fácil, rápida e melhor obtenção.
Segundo León Cadogan, amigo e escritor sobre o universo Guarani, na época em que arco e flecha eram ainda as armas de caça, os meninos aprendiam a usá-los desde os três anos de idade. Seus parentes fabricavam arcos menores feitos do mesmo material e flechas decoradas com o emplumado característico, mas com ausência de ponta afilada. Estas armas infantis, são as que mudaram de função a partir do meio do século, fabricadas hoje para o comércio na litoral brasileiro.