Maranhão [...] tornou-se o maior exportador de gente do país. Na primeira década do século 21, você encontraria maranhense nos lugares mais improváveis: nos garimpos da fronteira com a Venezuela, no corte de cana do interior paulista, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, na lavoura do Tocantins, no Amapá, nas Guianas, até em Florianópolis — que jamais havia visto um maranhense ao vivo, salvo turista. A maioria dos passageiros que, partindo de São Luís, seguia no trem da ferrovia Carajás em direção ao Pará, era de maranhenses que possivelmente nunca mais voltariam. Espalhavam-se pela Amazônia como formiguinhas sem rumo em busca de migalhas. No sul do Pará, um em cada quatro habitantes já era maranhense. Dos 19 sem-terra assassinados em 1996 pela PM do Pará em Eldorado dos Carajás, 11 tinham vindo do Maranhão. DÓRIA, P. Honoráveis Bandidos: um retrato do Brasil na era Sarney. São Paulo: Geração, 2009. Texto As precárias condições socioeconômicas, principalmente no campo, têm sido um forte aliado a atitudes desumanas e desrespeitosas contra o trabalhador rural, principalmente quanto à exploração dos lavradores, tornando o Estado do Maranhão campeão de exportação de mão de obra principalmente para o sul do Pará, para onde são convidados a trabalhar com garantias financeiras capazes de mantê-los e ainda mandar dinheiro para sua família. No entanto, a realidade é outra. RIOS, L. Geografia do Maranhão. 4.ed. São Luís: Central dos Livros, 2005. Considerando o exposto sobre as migrações e as relações de trabalho, pode-se afirmar que ambas estão relacionadas
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Resposta: Letra A.
Explicação: Muitos maranhenses que vão para outras regiões do país trabalham em regime escravo ou semiescravo, especialmente no setor primário da economia.
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