MÃOS DADAS Carlos Drummond de Andrade Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. O texto "Mãos dadas" reflete um traço constante na obra de Drummond, que pode ser caracterizado por: (A) apresentar como tema uma poesia intimista, voltada para o amor físico. (B) uma linguagem por intermédio da qual representa constantemente a sensualidade feminina. (C) uma visão do mundo na qual não há espaço para ilusões. (D) uma tentativa de representar o mundo sem criticar a realidade. (E) uma visão onírica do seu mundo e do seu tempo.
Soluções para a tarefa
O texto "Mãos dadas" reflete um traço constante na obra de Drummond, que pode ser caracterizado por:
(C) uma visão do mundo na qual não há espaço para ilusões
> No poema, o poeta exalta a realidade e o tempo presente. Ele não pretende idealizar a realidade ou se voltar para o mundo da fantasia, nem ser saudosista ou preocupado com o futuro. O que importar é "o tempo presente, os homens presentes, a vida presente".
Alguns versos deixam isso bem claro, como:
"Estou preso à vida e olho meus companheiros."
"Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos"
O poeta não quer fugir da realidade para um mundo de fantasia. Veja:
"Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins."
Resposta:O texto "Mãos dadas" reflete um traço constante na obra de Drummond, que pode ser caracterizado por:
(C) uma visão do mundo na qual não há espaço para ilusões
> No poema, o poeta exalta a realidade e o tempo presente. Ele não pretende idealizar a realidade ou se voltar para o mundo da fantasia, nem ser saudosista ou preocupado com o futuro. O que importar é "o tempo presente, os homens presentes, a vida presente".
Alguns versos deixam isso bem claro, como:
"Estou preso à vida e olho meus companheiros."
"Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos"
O poeta não quer fugir da realidade para um mundo de fantasia. Veja:
"Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins."