Mal foi iniciada a busca da mulher pela própria
identidade. Mas está próximo o tempo em que as vozes
da mística feminina não poderão abafar a voz íntima que a
impele ao seu pleno desabrochar.
FRIEDAN, Betty. The Feminine Mystique. New York: A Dell Book, 1979, p. 364.
Essa é a passagem que fecha o livro “A mística feminina”,
de Betty Friedan, um dos mais importantes documentos da
causa feminista. No livro, Friedan analisa a ideia de que uma
“mística” sobre a mulher foi criada depois da Crise de 1929 e
reforçada durante a Guerra Fria. Nela, caberia à mulher nada
além de zelar pela sua família e procriar. A independência e
a autoestima lhe eram vetadas.
Pode-se associar a conjuntura analisada pela autora
ao American Way of Life, que enxerga o consumismo
como forma de manter a harmonia nos lares e a
felicidade da mulher.
à Doutrina Kennedy, que garante o poder da Justiça em
prol daqueles que lutam belicamente pela pátria.
ao Walfare State, que relacionava o bem-estar social
com a intervenção do Estado na vida da trabalhadora.
ao Destino Manifesto, que expressa a elegibilidade
divina do povo americano, exceto nas mulheres.
à Doutrina McCarthy, que intentava evitar a associação
das mulheres norte-americanas ao feminismo
comunista.
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Letra A.
A ideia central do livro se encontra na observação de que a mulher foi mistificada após a Crise de 1929 e reforçada no pós-Segunda Guerra Mundial, sendo considerada
fundamentalmente como mãe e esposa zelosa. Assim, a educação da menina desde a infância não a estimulava a ser independente, mas a desenvolver habilidades apenas para se casar e viver em função dos filhos e do marido. É nessa época que a ideia do american way of life ganha força, e a mulher assume um papel central na organização
do lar. Presenteá-la significava um investimento amoroso na reprodução familiar e na preservação dos costumes. É possível concluir, então, que a frustração feminina de
apenas viver para os outros era canalizada para aumentar o consumo.
A ideia central do livro se encontra na observação de que a mulher foi mistificada após a Crise de 1929 e reforçada no pós-Segunda Guerra Mundial, sendo considerada
fundamentalmente como mãe e esposa zelosa. Assim, a educação da menina desde a infância não a estimulava a ser independente, mas a desenvolver habilidades apenas para se casar e viver em função dos filhos e do marido. É nessa época que a ideia do american way of life ganha força, e a mulher assume um papel central na organização
do lar. Presenteá-la significava um investimento amoroso na reprodução familiar e na preservação dos costumes. É possível concluir, então, que a frustração feminina de
apenas viver para os outros era canalizada para aumentar o consumo.
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