Filosofia, perguntado por cristianerocheou45ew, 11 meses atrás

LIBERDADE PARA JEAN PAUL, SARTRE, KANT?

Soluções para a tarefa

Respondido por jukinha68
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Um dos conceitos fundamentais da filosofia existencialista sartriana é o de liberdade, uma vez que, para o filósofo, o homem está condenado a ser livre e toda a sua existência decorre desta condição. Assim, frente a uma decisão, o homem percebe o seu total desamparo, já que não há nada que possa salvá-lo da tarefa de escolher; em suma, nada pode salvá-lo de si mesmo – diria Jean-Paul Sartre.  

Desse modo, o ser humano, fundamentando-se na sua estrita liberdade, vê-se a todo instante compelido a se inventar, posto que são suas escolhas que constroem a sua essência. Diante desta condição, cabe somente a ele estabelecer, através de suas ações concretas, os critérios que servirão de norte para as suas decisões, explica Sartre.  

[…] o que se poderia chamar de moralidade cotidiana exclui a angústia ética. Há angústia ética quando me considero em minha relação original com os valores. Estes, com efeito, são exigências que reclamam um fundamento. Mas fundamento que não poderia ser de modo algum o ser, pois todo valor que fundamentasse a sua natureza ideal sobre seu próprio ser deixaria por isso de ser valor e realizaria a heteronomia de minha vontade. […] Daí que minha liberdade é o único fundamento dos valores e nada, absolutamente nada, justifica minha adoção dessa ou daquela escala de valores.[1]  

Basicamente, podemos compreender a má-fé como a tentativa de transferir responsabilidades que concernem unicamente ao indivíduo; ou seja, ao atribuir exclusivamente a fatores sociais, metafísicos, históricos ou até inconscientes o fundamento e as responsabilidades de sua escolha, o indivíduo se encontra no estado de má-fé, pois tais fatores exercem influência na sua decisão ao determinarem as possibilidades de escolha; contudo, cabe somente a ele optar, por meio de sua liberdade, por qual possibilidade lhe é mais adequada. Aqui, não há como fugir; só há espaço para a subjetividade do sujeito, ou seja, para o seu próprio nada de ser, e qualquer tentativa de preencher este espaço vazio será aqui denominada de má-fé.

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