Português, perguntado por kaioeduardo317, 8 meses atrás

. Lendo atentamente o poema, entendemos que há a representação de uma história, denominada no título de “Caso Pluvioso”. Comecemos, dessa forma, com a identificação das “personagens”. Quem são eles?​

Soluções para a tarefa

Respondido por marcioimmig1977
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Resposta:

mas não tem poema nenhum

Explicação:

como ajudar

Respondido por fhernandooloopes
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Esse é o texto:

A chuva me irritava. Até que um dia

descobri que Maria é que chovia.

A chuva era Maria. E cada pingo

de Maria ensopava o meu domingo.

E meus ossos molhando, me deixava

como terra que a chuva lavra e lava.

Eu era todo barro, sem verdura…

Maria, chuvosíssima criatura!

Ela chovia em mim, em cada gesto,

pensamento, desejo, sono, e o resto.

Era chuva fininha e chuva grossa,

matinal e noturna, ativa…Nossa!

Não me chovas, Maria, mais que o justo

chuvisco de um momento, apenas susto.

Não me inundes de teu líquido plasma,

não sejas tão aquático fantasma!

Eu lhe dizia em vão – pois que Maria

quanto mais eu rogava, mais chovia.

E chuveirando atroz em meu caminho,

o deixava banhado em triste vinho,

que não aquece, pois água de chuva

mosto é de cinza, não de boa uva.

Chuvadeira Maria, chuvadonha,

chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha!

Eu lhe gritava: Pára! e ela chovendo,

Poças dágua gelada ia tecendo.

E hoveu tanto Maria em minha casa

que a correnteza forte criou asa

e um rio se formou, ou mar, não sei,

sei apenas que nele me afundei.

E quanto mais as ondas me levavam,

as fontes de Maria mais chuvavam,

de sorte que com pouco, e sem recurso,

as coisas se lançaram no seu curso,

e eis o mundo molhado e sovertido

sob aquele sinistro e atro chuvido.

Os seres mais estranhos se juntando

na mesma aquosa pasta iam clamando

contra essa chuva estúpida e mortal

catarata (jamais houve outra igual).

Anti-petendam cânticos se ouviram.

Que nada! As cordas dágua mais deliram,

e Maria, torneira desatada,

mais se dilata em sua chuvarada.

Os navios soçobram. Continentes

já submergem com todos os viventes,

e Maria chovendo. Eis que a essa altura,

delida e fluida a humana enfibratura,

e a terra não sofrendo tal chuvência,

comoveu-se a Divina Providência,

e Deus, piedoso e enérgico, bradou:

Não chove mais, Maria! – e ela parou.

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