Leitura do texto.
Em outubro de 1924, estourou a revolta tenentista no Rio Grande do sul, sob a liderança de Luís Carlos Prestes e Siqueira Campos, um dos sobreviventes da revolta do forte de Copacabana. Cercados pelos legalistas, os tenentes gaúchos romperam o cerco e avançaram em direção a Foz do Iguaçu, onde se encontraram com os tenentes paulistas.
O encontro e junção das duas forças, em abril de 1925, resultou na Coluna Prestes-Miguel Costa, ou simplesmente Coluna Prestes. Com cerca de 1.500 homens, a coluna se embrenhou pelo interior do Brasil com o objetivo de espalhar os ideais tenentistas e desgastar o governo até que ele caísse.
Passou por quinze estados (atuais), percorrendo cerca de 25.000 Km em quase dois anos de marcha.
A perseguição à Coluna Prestes atravessou os governos de Artur Bernardes e de seu sucessor, Washington Luís. Contra ela foram enviadas tropas do Exército, soldados das Forças Públicas estaduais e batalhões de jagunços armados pelos coronéis.
A Coluna venceu todos os combates. Os rebeldes tomaram muitas cidades, mas logo as abandonavam, para evitar o confronto com as tropas governistas.
Pelos lugares onde passavam, os tenentes queimavam livros de impostos e destruíam os instrumentos de tortura usados pela polícia. O povo simples do interior tinha um sentimento confuso em relação aos homens da Coluna, oscilando entre o medo e a admiração. Não entendia os objetivos dos tenentes e, além disso, era mantido fora da luta.
A maioria dos tenentes não aceitava a ideia de recrutar e armar o povo. Temiam perder o controle da situação.
As classes médias urbanas viam em Luís Carlos Prestes um herói, a quem chamavam "Cavaleiro da esperança". A admiração e o respeito de que Prestes gozava perduraram muito tempo depois de extinta a Coluna.
Em fevereiro de 1927, já no governo de Washington Luís, os integrantes da coluna exilaram-se na Bolívia, no Paraguai e na Argentina. A partir de então, os tenentes tomaram diferentes caminhos políticos. Luís Carlos Prestes, por exemplo, tornou-se comunista.
(Joelza Ester Domingues)
Após a leitura do texto responder as questões:
1. Explique o título deste módulo.
2. Qual era o objetivo da Coluna Prestes?
3. Por que a Coluna não teve apoio das massas populares, se ela lutava contra as oligarquias?
4. Qual foi o fim da Coluna Prestes?
Soluções para a tarefa
Resposta:
2) Coluna Prestes “exigiam o voto secreto, a reforma do ensino público, a obrigatoriedade do ensino primário e a moralização da política. Denunciavam, também, as miseráveis condições de vida e a exploração dos setores mais pobres”|1|.
3) A Coluna Prestes defendia, dentre outras coisas, a reforma educacional (acesso ao ensino público e primário), a reforma social (abolir a desigualdade social), a reforma política (democracia e voto secreto), a liberdade dos meios de comunicação e o fim da exploração dos coronéis, bem como o sistema de "voto de cabresto" ...
4) No final de 1926, após mais de um ano de marcha e luta, os membros da Coluna Prestes começaram a discutir a possibilidade de pôr fim à marcha. ... Assim, no dia 3 de fevereiro de 1927, os membros da Coluna Prestes oficializaram a deposição das suas armas e exilaram-se na Bolívia.
Explicação:
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