Leia um trecho da entrevista ao iG do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, que teve, em 2012, seu primeiro longa-metragem, "O Som ao Redor", incluído na lista dos dez melhores filmes do ano do jornal americano The New York Times. iG: Como fazer para que "O Som ao Redor" seja visto por um grande público no Brasil? Mendonça Filho: É difícil. O mercado hoje tem mecanismos de convencimento, tudo é massificado. Faz semanas que só vejo "O Hobbit" na minha frente: cartaz, jornal, Facebook, email, outdoor, televisão. É impressionante o que o dinheiro faz. No fim, as pessoas naturalmente assistem a esses filmes. Elas veem "O Hobbit" sem saber direito o motivo. E aí você tem filmes bem menores e fica pensando que seria bom se eles saíssem um pouco do cercadinho da cultura e fossem descobertos por outras pessoas, por pessoas que talvez não o vissem, mas viram e gostaram. Esse é o meu desejo. iG: O que acha do Vale-Cultura? Mendonça Filho: Talvez seja positivo, mas me parece pular alguns estágios, porque não há investimento educacional no País. Acho que investir na educação de base já geraria cidadãos naturalmente inclinados para a cultura. Obedecendo às normas da escrita culta, exponha a opinião de Mendonça Filho sobre a relação entre o público consumidor e o cinema, num texto em discurso indireto de até 8 linhas.
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Segundo Kleber Mendonça Filho, um dos principais problemas relacionado de forma direta com a cultura e sociedade brasileira, certamente compreende a educação defasada. Isso porque a cultura das massas, aquela que não gera o pensamento crítico ou a busca natural pela cultura gera cidadãos controlados pelo dinheiro e pelo que é disseminado pela mídia.
Sendo assim, é necessário investimento educacional para a formação de indivíduos questionadores e pensantes. Dessa forma, naturalmente, estes já seriam mais inclinados à cultura.
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