Leia os textos que seguem e responda às questões:
TEXTO 1:
Os amigos invisíveis
Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.
Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as
pessoas estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão.
Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos
e duvidar da letra.
É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma
experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou
chateado por alguma coisa.
Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.
E já se está falando mal dele por falta de notícias.
Logo dele que nunca fez nada de errado!
O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva?
A proximidade física nem sempre é afetiva.
Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista,
ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto.
É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e
discernimento, supera condicionamentos e conluios.
São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na
maturidade.
Aqueles que não estão perto podem estar dentro.
Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os
valorizo com o frescor de um encontro recente.
Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua.
Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam
lembrados.
Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de
casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos.
Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez,
a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me
salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram
das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino
Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos
de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de
formação.
Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade,
determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca.
É glicose no sangue.
A serenidade.
Fabrício Carpinejar
TEXTO 2:
Meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa
presença
olhar
lembrança calor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão
Questões sobre os textos:
1) Qual o assunto em comum entre os dois textos?
2) Com relação à estrutura, o que os diferencia?
3) Retire um trecho do texto 1 que se relacione com os versos do poema
“meus amigos/quando me dão a mão/sempre deixam/outra coisa”.
4) Diante do distanciamento social, como você explicaria os trechos da
crônica “Aqueles que não estão perto podem estar dentro.”, “Não estão
em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade,
determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.” e
“Presença/olhar/lembrança/calor”, do poema.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
Meu deus que grande essa materia não consegui entender desculpa
nallems:
tudo bem amggkkk
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