Leia o trecho do romance “Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa, abaixo.
Essas coisas todas se passaram tempos depois. Talhei de avanço, em minha história. O senhor tolere minhas más devassas no contar. É ignorância. Eu não converso com ninguém de fora, quase. Não sei contar direito. Aprendi um pouco foi com o compadre meu Quelemém; mas ele quer saber tudo diverso: quer não é o caso inteirado em si, mas a sobre-coisa, a outra-coisa. Agora, neste dia nosso, com o senhor mesmo – me escutando com devoção assim – é que aos poucos vou indo aprendendo a contar corrigido. E para o dito volto. Como eu estava, com o senhor, no meio dos Hermógenes.
(ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).)
Em “Grande sertão: Veredas” o autor Guimarães Rosa abre várias questões regionais por construir a narrativa através do narrador em primeira pessoa, assim, de acordo com o fragmento do texto e a narração entende-se que
A)Riobaldo, narrador da história, tem consciência de que sua narrativa obedece ao fluxo da memória e não à cronologia dos fatos.
B)a ignorância de Riobaldo nunca é expressa, nem por erros gramaticais ou pela inabilidade em contar sua história, que carece de ordenação.
C)“A sobre-coisa, a outra-coisa”, que o compadre Quelemém quer, é a interpretação da própria vivência e não o simples relato dos acontecimentos.
D)o leitor não exerce um papel importante, pois obriga Riobaldo a organizar a narrativa e a dar significado ao narrado.
E)a narrativa muda o tempo todo de voz narrativa, saindo de Riobaldo para Reinaldo e depois para Hermógenes.
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letra (d)
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eu acertei na minha ...
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