Leia o texto apresentado a seguir:
Gostaria de definir a educação não-formal por aquilo que ela é, pela sua especificidade e não por sua oposição à educação formal. Gostaria também de demonstrar que o conceito de educação sustentado pela Convenção dos Direitos da Infância ultrapassa os limites do ensino escolar formal e engloba as experiências de vida, e os processos de aprendizagem não-formais, que desenvolvem a autonomia da criança. Como diz Paulo Freire “Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação” (Freire, 1997:50).
A educação formal tem objetivos claros e específicos e é representada principalmente pelas escolas e universidades. Ela depende de uma diretriz educacional centralizada como o currículo, com estruturas hierárquicas e burocráticas, determinadas em nível nacional, com órgãos fiscalizadores dos ministérios da educação. A educação não-formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática. Os programas de educação não-formal não precisam necessariamente seguir um sistema sequencial e hierárquico de “progressão”. Podem ter duração variável, e podem, ou não, conceder certificados de aprendizagem.
Toda educação é, de certa forma, educação formal, no sentido de ser intencional, mas o cenário pode ser diferente: o espaço da escola é marcado pela formalidade, pela regularidade, pela sequencialidade. O espaço da cidade (apenas para definir um cenário da educação não-formal) é marcado pela descontinuidade, pela eventualidade, pela informalidade. A educação não-formal é também uma atividade educacional organizada e sistemática, mas levada a efeito fora do sistema formal. Daí também alguns a chamarem impropriamente de “educação informal”. São múltiplos os espaços da educação não-formal.
Além das próprias escolas (onde pode ser oferecida educação não-formal) temos as Organizações Não-Governamentais (também definidas em oposição ao governamental), as igrejas, os sindicatos, os partidos, a mídia, as associações de bairros etc. Na educação não-formal, a categoria espaço é tão importante como a categoria tempo. O tempo da aprendizagem na educação não-formal é flexível, respeitando as diferenças e as capacidades de cada um, de cada uma. Uma das características da educação não-formal é sua flexibilidade tanto em relação ao tempo quanto em relação à criação e recriação dos seus múltiplos espaços.
GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não-formal. Droit à l’éducation: solution à tous les problèmes ou problème sans solution? Suíça, 2005.
Considerando as características da educação não formal, explique como o professor de Educação Física pode atuar em ambientes e espaços de educação não formal.
Soluções para a tarefa
Um dos desafios do profissional de Educação Física na educação não-formal é ter o engajamento das pessoas nas atividades, além de ter uma flexibilidade maior para atender a um público diverso e lidar com imprevistos.
A atuação do profissional deve estimular as pessoas a explorar diferentes realidades, sendo espontâneo e compreendendo o seu espaço de atividades e o que pode ser feito nele, seja em uma praça, museu, parque ou na rua.
Espero ter ajudado!
A educação não formal pode ser ruim para as pessoas de modo que não há necessariamente um padrão de matérias as quais as pessoas seguem, o que pode ser perigoso se houver falta de organização.
O profissional de educação física ele pode atuar em ambientes de educação não formal através de atividades generalistas que são benéficas as pessoas, ensinando localmente (em casas ou condomínios) bem como em praças públicas, ensinando conhecimentos básicos como sobre alongamento e aquecimento, além de ensinar sobre a importância da prática de atividades físicas.
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