Leia o texto abaixo.
Vida real ou virtual, a realidade é uma só
Quem aqui nunca dividiu a vida entre real e virtual? Amizades reais e amizades virtuais, grupos reais e grupos virtuais, aulas reais e aulas virtuais, problemas reais e problemas virtuais… E por aí vai. Nós criamos essa categoria de acontecimentos de coisas que fazem parte de nossas vidas e frequentemente usamos a categoria de “coisas virtuais” como sendo menores ou menos importantes. “É meu amigo, mas é só virtual”, “Eu discuti, mas foi pela internet” […]. Talvez antigamente fizesse sentido essa divisão, porque a parte virtual de nossas vidas era realmente pequena. […] Mas e agora que a internet está, literalmente, nas nossas mãos o tempo inteiro. Será que essa divisão faz sentido?
No que diz respeito à divisão física, realmente existe uma vida real (aquela que podemos pegar, cheirar, sentir) e uma vida virtual (a que está por trás de uma tela). Só que a divisão acaba por aí. Quando pensamos em sentimentos, emoções, percepções e afeto, no sentido de aquilo que nos afeta, essa divisão não existe. E por que isso é importante? Porque, se continuarmos tratando a vida virtual como sendo menos importante que a real, acabamos negligenciando o tanto de influência que essa vida por trás das telas tem em nossos sentimentos e nossas emoções.
[...] Emocionalmente, o nosso dia é construído por tudo aquilo que vivenciamos: na vida real e na vida virtual. Pode até ser que seja difícil de perceber como cada notícia, comentário, discussão […] nos afeta instantaneamente. Mas, no final do dia, temos um emaranhado de vivências virtuais acumuladas, e tudo isso pode pesar ao longo do tempo.
Imagine que você está sentado em um restaurante e acontece, na sua frente, tudo o que aconteceu no seu dia virtual: você vê várias pessoas, escuta várias conversas, presencia algumas discussões […]. Imaginou o caos? Quanto tempo seria possível aguentar continuar sentado nesse restaurante presenciando tudo isso? A notícia é: emocionalmente, você está sentado nesse restaurante presenciando tudo isso. [...] Talvez assim seja um pouco mais fácil de perceber o porquê estamos tão exaustos. Tem a vida acontecendo lá fora e a vida acontecendo na palma de nossas mãos, e as emoções só se somam. Pode ser que não seja possível mudar nada, a princípio, tendo essa percepção. No entanto perceber a forma como somos afetados é o início de uma reflexão sobre o papel dessa vida virtual naquilo que sentimos. […] Talvez seja a hora de se levantar um pouco e sair desse restaurante, tomar um ar fresco, olhar para a natureza. Esse texto é um convite para, de repente, passar a frequentar um restaurante diferente, escolher quem estará lá, escolher o que irá afetar você. A má notícia é que não podemos escolher como somos afetados pela nossa realidade. A boa notícia é que podemos, pelo menos um pouco, escolher qual é nossa realidade.
A tese desse texto está no trecho:
( )“Talvez antigamente fizesse sentido essa divisão, porque a parte virtual de nossas vidas era realmente pequena.”. (1º parágrafo)
( )“Quando pensamos em sentimentos, emoções, percepções e afeto, no sentido de aquilo que nos afeta, essa divisão não existe.”. (2º parágrafo)
( )“Mas, no final do dia, temos um emaranhado de vivências virtuais acumuladas, e tudo isso pode pesar ao longo do tempo.”. (3º parágrafo)
( )“Pode ser que não seja possível mudar nada, a princípio, tendo essa percepção.”. (4º parágrafo)
( )“A má notícia é que não podemos escolher como somos afetados pela nossa realidade.”. (4º parágrafo)
anabeatriizz1114:
letra (a)
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