Leia o texto abaixo: Os empresários precisam agir Pode-se prever que os ideólogos do capitalismo de Estado usarão todos os apelos populistas de que puderem valer-se para introduzir no texto constitucional um forte golpe contra a iniciativa privada no campo econômico. Como se sabe, é muito fácil acenar para desempregados com benefícios e sinecuras que, em muitos casos, constituem a essência das empresas estatais, ineficientes por natureza, destituídas de qualquer competitividade pelas situações de monopólio e oligopólio nas quais atuam. São empresas que utilizam o dinheiro do contribuinte para cobrir seus déficits constantes e podem ser apontadas como as maiores responsáveis pelo desastre financeiro do governo federal. As empresas estatais conferem poder político através do poder econômico que têm. Alargar seu raio de ação em detrimento da iniciativa privada é uma tentação considerável para muita gente. Tenho certeza de que se assistirá a uma verdadeira batalha na Assembleia Constituinte, travada por muitos segmentos ali representados, para a conquista de um campo maior de ação para as empresas estatais. Diante dessa ameaça, os defensores da livre iniciativa não podem ficar inertes. Os empresários, tenho repetido muito ultimamente, devem evitar que a Constituinte seja tomada de assalto pela demagogia. É por isso que defendo a utilização de recursos humanos e financeiros, por parte do empresariado, para eleger o maior número possível de representantes que venham a se contrapor na Constituinte à tendência estatizante que domina parte da classe política. Naturalmente, não estou aqui sugerindo que se faça qualquer coisa ilegal. Espero mesmo que se tomem providências rapidamente para regulamentar o uso de dinheiro nas campanhas para a Constituinte, de maneira que tudo seja feito às claras e dentro das normas aceitáveis. O dinheiro, nesse caso, deve ajudar na consolidação de ideais democráticos e não funcionar em prejuízos deles. O que sugiro é a ação dos empresários em defesa aberta e decidida da livre iniciativa no momento em que se prepara a futura Constituição. VALENTE, César Rogério. Veja, 26 jun. 1985 Como se pode notar pela leitura, o texto assume a defesa da iniciativa privada e opõe-se às empresas estatais. Para conseguir esse resultado, o articulista procura usar certos procedimentos argumentativos, que, entretanto, contêm problemas. Assinale a alternativa que analise corretamente o trecho em destaque, no texto, identificando e explicando um problema da argumentação nele presente. O problema de argumentação presente no trecho é o emprego de noções semiformalizadas. Dizer que as empresas estatais são, por natureza, ineficientes significa dizer que “todas as empresas estatais, sem nenhuma exceção, não têm eficiência”. O problema ocorre porque há termos, como “ineficientes” que, na linguagem científica, ocorrem com um significado preciso, restrito a esse tipo de linguagem, e que, por isso, devem ser empregados com o rigor que assumem nesse contexto específico.
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Resposta:
O problema de argumentação presente no trecho é a utilização de conceitos e afirmações genéricos, ou seja, o emprego de noções de totalidade indeterminada. Dizer que as empresas estatais são, “por natureza”, ineficientes significa dizer que “todas as empresas estatais, sem nenhuma exceção, não têm eficiência”. O argumento é frágil pelo seu grau de generalidade, pois basta a alguém citar uma só empresa estatal eficiente para desautorizar o argumento usado pelo articulista.
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