Leia o texto abaixo;
O amanhecer de Luna
Luna era uma menina que se deleitava por flores.
De manhã ela gostava de passar o dia no campo de girassóis, mascando capim e tentando enxergar em uma nuvem pelo menos três formas diferentes.
Durante a tarde ia para o rio.
Mal tirava a roupa, submergia.
Abria os olhos debaixo d’água e olhava a metade inferior dos corpos imersa.
Pensava coisas bobas:
“A perna pode ficar submersa, os pés e as mãos são peixes que respiram embaixo d’água. Mas a cabeça não. Essa é a nossa única parte que não respira embaixo d’água. Um dia talvez meu peito ensine minha cabeça a nadar por aí…”
A noite ela sempre acendia uma fogueira e escutava no seu crepitar a risada do fogo. Pensava como sua matéria era frágil; bastava que aquelas cores quentes ondulantes a tocassem para que fosse desfeita. Nossas muralhas não são feitas de tijolo, nem de aço. São feitas de um punhado de células e de orgulho.
Mas ela não sabia o valor de tudo a que dedicava seu tempo.
Onde ela vivia não existia tristeza.
Por não existir estado diferente da felicidade, ninguém reconhecia a satisfação.
Numa noite, teve um pesadelo.
Sonhou que seus girassóis estavam secos e quebradiços.
Que o céu não existia, apenas um punhado de ausência.
O rio sempre encharcado estava seco e, assim, nenhum dedo ou calcanhar respirava embaixo d’água.
O fogo fazia silêncio, o fogo não ria.
O fogo sentia algo que não lhe era familiar.
O fogo não ardia.
O fogo apagou.
O fogo entristeceu.
O choque foi brutal.
Ela não sabia o que fazer quando acordou num sobressalto com gotas brotando nos olhos pela primeira vez.
Segurava a cabeça, rodava em pé no quarto, de um canto pro outro.
Chorava tanto que para as formigas bastava um relâmpago para acharem que estavam no meio de uma tempestade.
Pôs sua roupa em desespero e correu.
Correu ao encontro do rio, dos dedos-de-pé-submarinos, do fogo crepitante, das flores e do céu que elas encaravam dia a dia.
E tudo estava em seu devido lugar.
Aliviada, Luna caiu de joelhos sobre seus girassóis gargalhando.
Pois finalmente, depois da tristeza,
conhecia a felicidade.- O desfecho dessa história ocorre quando *
1 ponto
a. Luna acende uma fogueira e escuta o seu crepitar.
b. Luna corre ao encontro do rio.
c. Luna descobre o que é a felicidade.
d. Luna sonha que os girassóis estão secos e quebradiços
e. Luna tenta enxergar formas diferentes nas nuvens.
Soluções para a tarefa
Respondido por
4
Resposta:
a resposta é a letra c
Explicação:
quando a luna descobre o que é a felicidade
gabrielwendel078:
obrigado mas esta realmente certo?
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