Geografia, perguntado por Carinesantosmac8836, 1 ano atrás

Leia o texto abaixo. "í a questão urbana, estúpido! Ermínia Maricato, 1uago. 2013. Quem acompanha de perto a realidade das cidades brasileiras não estranhou as manifestações que impactaram o país em meados de junho de 2013. Talvez a condição de jovens, predominantemente de classe média, da maioria dos manifestantes exija uma explicação um pouco mais elaborada, já que foi antecedida pelos movimentos fortemente apoiados nas redes sociais. Mas no Brasil é impossível dissociar as principais razões, objetivas e subjetivas desses protestos, da condição das cidades (...) A desoneração dos automóveis somada à ruína do transporte coletivo fizeram dobrar o número de carros nas cidades. Em 2001, havia em doze metrópoles brasileiras 11,5 milhões de automóveis e 4,5 milhões de motos; em 2011, 20,5 milhões e 18,3 milhões, respectivamente. Os congestionamentos em São Paulo, onde circulam diariamente 5,2 milhões de automóveis, chegam a atingir 295 quilômetros das vias. O governo brasileiro deixou de recolher impostos no valor de R$ 26 bilhões desde o final de 2008 (nesse mesmo período, foram criados 27.753 empregos), o USS 14 bilhões (quase o mesmo montante dos subsídios) foram enviados ao exterior. Há mais subsídios para a circulação de automóveis (incluindo combustível e outros itens) do que para o transporte coletivo. A prioridade ao transporte individual é complementada pelas obras de infraestrutura dedicadas à circulação de automóveis. Verdadeiros assaltos aos cofres públicos, os investimentos em viadutos, pontes e túneis, além de ampliação de avenidas, não guardam qualquer ligação com a racionalidade da mobilidade urbana, mas sim com a expansão do mercado imobiliário, além, obviamente, do financiamento de campanhas. O forte impacto da poluição do ar na saúde da população de São fòulo, com consequente diminuição da expectativa de vida, tem sido estudado pelo médico Piulo Saldiva, pesquisador da Universidade de São RjuIo (USP) e do Instituto Saúdo e Sustentabilidade. O comprometimento da saúde mental (depressão, ansiedade mórbida, comportamento compulsivo) tem sido estudado pela psiquiatra Laura Helena Andrade, também pesquisadora da USP. É da vida, do tempo perdido, mas também da morte, literalmente, que estamos tratando. Concluindo: para fazer frente a esse quadro, aqui apenas resumido, temos no Brasil leis, planos, conhecimento técnico, experiência, propostas maduras e testadas nas áreas de transporte, saneamento, drenagem, resíduos sólidos, habitação... Mas, além disso, o primeiro item necessário à política urbana hoje é a reforma política, em especial o financiamento de campanhas eleitorais. Então, que viva a moçada que ganhou as ruas. Se fizermos um bom trabalho pedagógico, teremos uma nova geração com uma nova energia para lutar contra a barbárie." Le Mofxíe Oipíofnot)Que BrosH Disponível em: . Acesso em: jan. 2015. a) De acordo com a autora do texto, a cidade que prioriza investimentos para o automóvel está distante de alcançar melhorias na mobilidade urbana. Explique por quê. b) Qual é a expectativa da autora em relação às novas gerações?

Soluções para a tarefa

Respondido por biaams2013
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a) porque os automóveis não são a melhor opção para melhorar a mobilidade urbana, muitos carros nas ruas de uma só vez significam extensos congestionamentos, constituindo um grande "desperdício" de espaço a existência de diversos carros circulando nas ruas cada um ocupado por uma ou duas pessoas, enquanto transporte coletivo como os ônibus, metrôs e trens possibilitam o transporte de um número maior de pessoas, sendo então mais adequado investir na melhoria dessa modalidade de transporte.

A existência de muitos automóveis é ruim também levando também em conta o aspecto de custos envolvidos na manutenção das vias, construção de obras de intra-estrutura como os viadutos e pontes, e do impacto ambiental associado às emissões de poluentes devido à queima dos combustíveis fósseis, sendo interessante discutir o uso de opções como as bicicletas, por exemplo.

b) A autora apresenta um otimismo com relação às novas gerações, motivada pelos protestos contra o aumento na taxa dos transporte ocorridos em 2013, a expectativa da autora é de que as novas gerações, a partir da expressão de um real descontentamento com a situação dos transportes públicos, adotem atitudes no sentido de mudar essa situação. 
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