Leia o texto a seguir:
Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, essa palavra - conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê - lo como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para alcançá - lo é preciso vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano.
E logo ouviu - se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou - se das autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram. Que os ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. Parece que nada se aprendeu com a Aids, com aquele momento de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos como culpados, o preconceito mascarado como necessária medida sanitária.
Ao analisar - se o fragmento em destaque, percebe - se que a conjunção integrante que introduz a oração destacada é um importante elemento para coesão das ideias apresentadas ao leitor. Tal elemento coesivo também pode ser observado em:
Escolha uma:
a. que alcançar a fronteira de um país distante. (linha 1).
b. que carrega um vírus. (linha 7).
c. que se revelou dele não é ele. (linha 5).
d. que nada se aprendeu com a Aids. (linha 10).
e. que têm o melhor plano de saúde num país desigual. (linha 3).
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A resposta correta é letra D: que nada aprendeu com a Aids.
delavone:
Correto: Que nada se aprendeu com a Aids.
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