ENEM, perguntado por evycorreas5300, 11 meses atrás

leia o soneto abaixo e responda as questões:Busque Amor novas artes, novo engenho, para matar me, e novas esquivanças; que não pode tirar me as esperanças, que mal me tirará o que eu não tenho.Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças,andando em bravo mar, perdido o lenho.Mas, conquanto não pode haver desgostoonde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê.Que dias há que n'alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê.3) no oitavo verso, o autor utiliza uma metáfora náutica:" andando em bravo mar, perdido o lenho" metáforas como essa são lugares comuns na poesia renascentista. procuramos entendê-la: " bravo mar" é metáfora de " vida agitada", "lenho" é"navio", por metonímia. no contexto do poema, o que o "lenho", ou navio perdido, representa?4) é grande a intensidade emocional desse soneto. entretanto, Camões equilibra a expressão do desespero amoroso com o raciocínio desenvolvendo um discurso em tese e antítese.a) resuma a tese apresentada nos quartetos.b) a antítese começa com a conjunção adversativa "mas" resuma a contradição apresentada no primeiro terceiro 5) o que conclui o sujeito lírico nos dois últimos versos do soneto?

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Respondido por oliveiraconcursos
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Boa tarde, espero ter respondido sua dúvida da melhor forma.


3) no oitavo verso, o autor utiliza uma metáfora náutica:" andando em bravo mar, perdido o lenho" metáforas como essa são lugares comuns na poesia renascentista. procuramos entendê-la: " bravo mar" é metáfora de " vida agitada", "lenho" é"navio", por metonímia. no contexto do poema, o que o "lenho", ou navio perdido, representa?

O lenho, no caso citado pode estar representando a incerteza, o quanto o eu lírico se encontra perdido, andando a deriva, sem saber o que o espera no final do trajeto de mudanças pelas quais o sujeito está vivenciando.

 

4) é grande a intensidade emocional desse soneto. entretanto, Camões equilibra a expressão do desespero amoroso com o raciocínio desenvolvendo um discurso em tese e antítese.

a) resuma a tese apresentada nos quartetos.

Nas estrofes iniciais, o eu-lírico se demonstra como um sujeito sem nenhum tipo de esperanças, um sujeito desacreditado. E afirma que o amor nada pode tirar dele, porque ele não tem mais esperanças em nada.  A partir da sexta estrofe, o eu lírico começa a colocar teses e antíteses como : "perigosas seguranças", demonstrando que o amor como sentimento, traz dúvidas e incertezas ao ser humano.

b) a antítese começa com a conjunção adversativa "mas" resuma a contradição apresentada no primeiro e terceiro.

Na primeira estrofe o eu-lírico ressalta que não podem lhe retirar a esperança. Mas quando chega no terceiro parágrafo ele cita “Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê;” Quando o “mas” é inserido, ele insere o sentimento de desgosto, como um local onde o eu-lírico se esconde. Mas ele afirma que não pode haver esperança, onde há desgosto, se ele tem desgosto. Logo ele revela que não tem esperanças e nega o que disse no primeiro parágrafo.

 

 

5) o que conclui o sujeito lírico nos dois últimos versos do soneto?

Expõe a dúvida e incerteza presentes no sentimento de amar alguém.

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