Leia o seguinte excerto: “o capitalismo cognitivo promete a cada um escapar à condição comum tornando-o um “feliz privilegiado” que pôde oferecer a si mesmo algo melhor, mais raro, distinto, único. Essa é uma das características do capitalismo imaterial, que assume feições muito distintas do fordismo. Isso também foi percebido por Adam Curtis, em documentário The Century of The Self – O século do EU, produzido há vinte anos, que destacava a manipulação do consumidor por técnicas de marketing e produção de subjetividade. Não é sem razão que a indústria da publicidade se encontra acoplada com a economia das aplicações de Internet. A retroalimentação entre produção de subjetividade, economicização da vida, coleta de dados (que permitem inferir estados emocionais) e manipulação do inconsciente para engajamento e consumo é enorme. O que Shoshana Zuboff faz, com a introdução do conceito de “capitalismo de vigilância”, é buscar sentido nessa lógica econômica que se volta ao futuro, à possibilidade de behavioral surplus - modulação comportamental, à eficiência da probabilidade skinneriana de indução de um comportamento por estímulos e feedbacks. Não é uma análise sociológica sobre modos de vigilância, é um estudo de economia política com a introdução de artefatos conceituais que nos permitam compreender melhor o que se passa. E não somente ela. O trabalho de Morozov sobre extrativismo digital, capitalismo “dadocêntrico” – centrado em dados, e a modulação comportamental tem preocupações semelhantes, bem como as análises do filósofo estadunidense Jaron Lanier e sua “teoria BUMMER” (Behaviours of Users Modified, and Made into an Empire for Rent - Comportamentos de usuários modificados e transformados em um império para aluguel).”
Extraído da leitura obrigatória disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao550.pdf
A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas:
I. No metaverso, em tese, todas essas interações podem ser registradas, rotuladas, catalogadas, identificadas a certas preferências e proxies sobre desejos e comportamentos.
II. Apesar dessa tecnologia, não é possível identificar reações a músicas ambientes, estímulos visuais, transformando a vivência em laboratório permanente de mensuração no metaverso.
III. O problema delimitado pelo texto é o modo silencioso e a exploração da vulnerabilidade humana em sentido psicológico em sistemas de computação em nuvem acoplados com camadas de Realidade Aumentada e dispositivos de interatividade.
IV. As leis brasileiras como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados, entre outras, estão já atualizadas não apenas quanto aos princípios, mas também para estas mudanças retratadas pelo texto de forma ampla e abrangente.
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Tatianemonteiro309:
Qual a resposta!?
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O conceito de metaverso é uma tendência que vem sendo explorada pelo capitalismo. As indústrias estão criando suas versões nos mundos virtuais em busca de consolidar-se do mercado virtual, e gerar riquezas.
Gabarito: I e III, apenas
Marketing e metaverso
- O metaverso é uma replicação da realidade, em que através da realidade aumentada, pessoas reais conseguem viver em mundos virtuais através de equipamentos ligados a computadores e em forma de avatares.
- Através do uso de Inteligência Artificial, programas de linguagem de programação e algoritmos, os computadores entram em contato com dados das pessoas.
- Com isso, as máquinas aprendem e replicam alguns padrões cognitivos humanos.
- O mercado vem explorando essas ferramentas de linguagem de programação e algoritmos como estratégia de marketing para vender produtos e serviços.
Para aprender mais sobre capitalismo, acesse:
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