Leia o poema: [...] Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado: Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. [...] Cláudio Manuel da Costa Com referência ao texto, a correlação entre o advérbio de lugar, o objeto que nele se situa e o tempo de existência (ou vida) deste objeto está correta em Origem: UNIFESP a) “aqui” = “fonte” no presente e “árvores florescentes” no passado. b) “Ali” = “vale” no presente e “monte” no presente. c) “aqui” = “fonte”, “árvores florescentes”, “troncos decadentes” no passado. d) “aqui” = “fonte”, “árvores florescentes”, “troncos decadentes” no presente. e) “Ali” = “vale” no passado e “monte” no passa
Soluções para a tarefa
Resposta:
c) “aqui” = “fonte”, “árvores florescentes”, “troncos decadentes” no passado.
Explicação:
Resposta:
c) “aqui” = “fonte”, “árvores florescentes”, “troncos decadentes” no passado.
Explicação:
No fragmento apresentado, o eu lírico opõe aqui (natureza: fonte, árvores, troncos) a ali (onde o progresso transformou um monte em vale) e, nesse jogo, aqui se refere ao passado, em que a natureza estava preservada, e ali se refere ao presente, em que a natureza foi modificada pelo progresso. Ao estabelecer essas correlações, percebe-se que a única alternativa correta é a C. Este soneto de Cláudio Manuel da Costa é típico do pensamento dominante na segunda metade do século XVIII e retrata as transformações interiores do poeta árcade, transpostas nas paisagens exteriores. O poema termina com este terceto: “Eu me engano: a região não era esta... / Mas, que venho a estranhar, se estão presentes / Meus males, com que tudo degenera!”.