Leia o poema de Luís de Camões abaixo
Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.
Luís de Camões Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1961.
Podemos dividir o poema em duas partes diferentes. Qual a palavra responsável pela mudança de tom do poema? Considerando o embate entre razão e sentimento, o que prevalece em cada parte? Justifique.
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Resposta:
Sentimento de amor,esperança e perigo.
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Resposta: responsável pela mudança é a palavra "mas".
Na primeira parte, o eu lírico tem uma mistura de sentimentos e afirma que por não haver mais esperança em si, o amor não poderá puni-lo mais.
Na segunda parte, o eu lírico contrapõe a primeira, dizendo que tem sim como seu punido, pois esse "Amor um mal, que mata e não se vê".
Explicação:
O eu lírico, fala de um amor platônico, endeusa esse amor, um ser inatingível, possessivo, que faz doer. Ele se coloca como escravo desse amor.
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