Português, perguntado por palomasilvasantos303, 8 meses atrás

Leia o fragmento do texto de Marisa Lajolo - um relato de experiência vivida - para responder às questões 1 e 2.

[..]
Até então, leitura era coisa doméstica. Tinha a ver apenas comigo mesma, com os livros que havia na estante de quinquilharias de meu pai e com os volumes que avós, tias e madrinhas me davam de presente. No cardápio destas leituras, Monteiro Lobato, as aventuras de Tarzan, os volumes da Biblioteca das Moças. [...]. Mas um dia a escola entrou na história. Dona Célia, nossa professora de Português, mandou a gente ler um livro chamado Inocência. Disse que era um romance. Na classe tinha uma menina chamada Maria Inocência. Loira desbotada, rica e chata. Muito chata. Alguma coisa em minha cabeça dizia que um livro com o nome da colega chata não podia ser boa coisa. [...]
Depois vieram outros, em casa e na escola. Com o tempo virei uma profissional da leitura, dando aula de literatura em colégios, cursinhos e faculdades. Mas a leitura profissional — embora seja um outro lance — nunca abafou a expectativa com que abro um romance: sei que ali me espera um universo inteiro, que posso aceitar ou recusar. Palavras e frases se encorpam em personagens, em objetos, em cenários, em emoções. O romance sempre engendra surpresas. Que podem me seduzir ou me deixar indiferente. Até hoje, com um romance na mão, é como se eu estivesse no quartinho dos fundos de minha infância, pronta para afundar na poltrona velha e gorda. Sei que posso reviver a experiência da leitora antiga, que se surpreendeu ao encontrar uma história de borboletas com nome de gente num livro que parecia prometer apenas meninas chatas e ricas. [...].

Marisa Lajolo. Como e por que ler o romance brasileiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. P. 15-17.
1. Ao relatar a experiência com a prática da leitura, a autora descreve algumas sensações que teve na infância e continua até a vida adulta. Que sentido pode-se inferir do trecho: “Até hoje, com um romance na mão, é como se eu estivesse no quartinho dos fundos de minha infância, pronta para afundar na poltrona velha e gorda.”? *
1 ponto
a) A autora não sente comprometimento com o ato de ler, uma vez que volta a ser criança.
b) A cada vez que se entrega à leitura, a autora usa o mesmo espaço e poltrona da época de criança.
c) A cada romance lido, que encante a autora, que a seduza para o mundo da leitura, ela se entrega à magia do momento que só um livro pode reservar ao leitor.
d) A autora não demonstra prazer no ato de ler.
2. Releia o trecho do relato: “Na classe tinha uma menina chamada Maria Inocência. Loira desbotada, rica e chata. Muito chata.” A palavra destacada é uma conjunção, neste fragmento, ela expressa uma ideia de *
1 ponto
a) adição.
b) explicação
c) comparação.
d) consequência.

Soluções para a tarefa

Respondido por kauanedocouto
123

(PRESTEM ATENÇÃO PRA VER SE ESTÁ IGUAL AO MEU!)

Anexos:

palomasilvasantos303: obgd
buenodudaferreira: vlw ❤
LebaziZav: Obg
nooba: obgdd♥️♥️
Respondido por torres320
7

Pode-se inferir que " a cada romance lido, que encante a autora, que a seduza para o mundo da leitura, ela se entrega à magia do momento que só um livro pode reservar ao leitor." Por esse motivo, a alternativa C é a correta.

Por que as outras alternativas estão incorretas?

1)

A) A autora sempre se compromete com a leitura. O "voltar a ser criança", indicado no texto,  não retira o comprometimento da autora em relação à leitura.

B) A autora se sente no mesmo espaço que ficava quando lia na infância. O mesmo aconchego é sentido, mas não está no mesmo local.

D) A autora demonstra prazer no ato de ler. Na verdade, todo o texto é justamente sobre isso.

2) A conjunção "e" expressa uma ideia de adição, pois indica soma, acréscimo de ideias.

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Bons estudos!

Espero ter te ajudado!

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