Português, perguntado por Meajudem113, 1 ano atrás

Leia esse texto e responda:
1: O que foi construído no lugar dá casa?
2: Esse texto e em primeira ou segunda pessoa?Fale um texto que comprove.
3:a onde o eu dá estória foi morar depois do último tijolo destriuido da casa
4: Quem e o eu dá estoria?
5: fale uma parte do texto em que o namoro deles ião acabar.

Quem dobrasse à esquerda encontraria logo o portão. Abrindo-o, estaria

no jardim – modesto jardim, onde outrora houvera uma roseira que morreu

de solidão. Do jardim saía a alameda das samambaias que daria acesso

à varanda. Em dias de domingo – que os havia plenos de luz e de azul –

já a meio caminho, entre as samambaias, um ouvido mais familiarizado

conosco, os de lá, poderia distinguir facilmente os risos da gente. Ríamos

muito, naquele tempo.

Da varanda, que dizer? Algumas cadeiras de vime, a mesinha que tinha

um pé mais curto que os outros e dois jarrões, um em cada canto, cujas

plantas (nunca lhes soubemos o nome) davam umas florzinhas amarelas e

cheirosas no mês de abril, para contrariar o outono.

A entrada era uma apenas, pela direita, subindo-se a escada de

mármore de três degraus. O resto da varanda era rodeado pelo patamar

onde havia, no centro, uma jardineira. Depois que o último de nós ficou

mais crescido e menos travesso, ali floriram gerânios.

Hoje, quem me vê não diz que eu já morei numa casa onde as cotovias

faziam ninhos. Deus não me deixa mentir. No telhado da varanda, durante

anos e anos, elas se hospedavam, para alegria nossa e inveja dos outros

garotos da redondeza. Quando, pela primeira vez, falou-se em demolir

a casa para construir o prédio feio que lá está até hoje, meu primeiro

pensamento foi para os ninhos das cotovias.

Vejam só que menino puro o mundo perdeu!

Os grandes dias da varanda eram os já citados domingos, quando toda

a família se reunia para alegres almoços. Dessa época restam somente

dolorosas fotografias.

Já as grandes noites, vieram mais tarde, quando Luisinha apareceu.

Chegava – como sempre chegou – assustada com a possibilidade de o

irmão tê-la seguido. Perfeito o Eduardo (para ela o Duá) na sua proverbial

vagotonia.

Só depois que Luizinha se certificava que ninguém a seguira pela

alameda das samambaias (“Foi o vento, Luisinha, que balançou as folhas.”)

é que vinha o primeiro chamar de “meu bem”, o primeiro beijo, morno beijo

que nunca devia ter esfriado.

No dia em que ela não veio, pensei uma porção de vinganças

impossíveis e votei-lhe um ódio de morte que durou quase um minuto. Era

a decepção que sempre nos deixa o pecado irrealizado, logo apagada pela

ideia de que não nos faltará tempo para pecar. De fato, na outra noite – hora

de sempre – lá veio ela, fugindo de uma sombra para outra, para enganar o

irmão. Nesse encontro nos juramos uma eterna fidelidade amorosa e fomos

mais dramáticos em nossas palavras, gestos, atitudes.

Pra quê, Luizinha? Seguisses o juramento e eu te enganaria, não o

seguindo, como o fizeste, enganaste-me primeiro, para confessares depois.

Choraste então, e eu também chorei sem nenhuma convicção.

Vejam vocês que rapaz fingido o mundo consertou!

Num mês de abril, de 1947, demoliram a varanda. Eu vi. Parado na rua,

lá da calçada em frente, esperei que os operários derrubassem o último

tijolo da última parede e voltei para o apartamento com a sensação de que,

dentro de mim, algo também fora demolido.

Quanto à Luizinha, resistiu mais tempo, deixou-se demolir aos poucos.

Foi preciso mais do que um simples dia de abril, foi preciso toda uma

mocidade para deixá-la tal como ontem a vi.

Vocês nunca saberão que excelente moça o mundo estragou!

PORTO

Soluções para a tarefa

Respondido por Vinny1000
1
1. Um prédio;
2. Primeira pessoa - "Hoje, quem me vê não diz que eu já morei numa casa onde as cotovias faziam ninhos";;
3. Num apartamento;
4. O narrador;
5. "Pra quê, Luizinha? Seguisses o juramento e eu te enganaria, não o
seguindo, como o fizeste, enganaste-me primeiro, para confessares depois."
Respondido por ordep1227
0
no lugar da casa foi um prédio
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