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Funkeiro é vagabundo?
Quer dizer que baile funk em favela é reunião de vagabundos? Até onde vamos com esta postura preconceituosa e
perigosa por parte de nossas autoridades? Embora eu não conheça o trabalho do coronel Marcus Jardim, acredito que começou seu
período apontando seu discurso para onde a corda sempre arrebenta, de forma demagoga e hipócrita.
Antes de tudo, os bailes funk são manifestações culturais. É legítimo que os moradores das comunidades carentes tenham
o direito à diversão dentro de suas áreas de convívio. Generalizar sempre é uma demonstração de desequilíbrio e falta de bom
senso. Muitas pessoas honestas e trabalhadoras frequentam bailes funk, inclusive jovens da classe média e filhos de ricos. A moda
ganha cada vez mais espaço nas trilhas sonoras de novelas e nos programas de TV.
Para alguns, a música foi o caminho para sair do crime, a forma que encontraram de não compactuar com as organizações
que dominam e dão as cartas nessa cidade. Um cantor de funk chega a fazer cinco apresentações por noite, gerando uma renda
honesta e tirando muitos jovens das mãos dos traficantes. A música tem esse poder.
Vamos voltar à ditadura, caro coronel? Vamos podar um dos poucos direitos que o morador das favelas e das
comunidades carentes ainda tem ao entretenimento? Alguém acredita que acabando com os bailes vamos diminuir o consumo de
drogas? Caso isso venha acontecer, então teremos que tomar a mesma iniciativa nos shows de rock, nas raves, nos pagodes, nos
ensaios das escolas de samba, em todo e qualquer lugar onde as pessoas se reúnam para se divertir.
A droga circula por todos os setores da sociedade, das coberturas ricas do Leblon, onde a polícia não tem coragem de
dizer que vai invadir, aos gabinetes de políticos, dentro da bolsa de valores, nos condomínios da Barra da Tijuca. O crime
organizado tomou conta porque o Estado deixou que eles assumissem o papel, e agora a culpa recai sobre as pessoas que querem
se distrair depois de uma semana suada de trabalho para ganhar um salário ridículo. Onde, então, poderão se divertir? Nos teatros
em que custa uma fortuna o ingresso? Nos shows internacionais? Nas boates da moda? Ou será que devem se manter prisioneiras
de seus lares sem direito à diversão?
Dizer que em bailes funk só tem vagabundo é o mesmo que afirmar que no Congresso Nacional só tem bandido e
corrupto, que na sua própria instituição, a PM do Rio de Janeiro, onde, frequentemente, policiais estão à frente de escândalos de
violência e transgressão às leis e às regras, só tem delinquentes. Todos nós sabemos que em qualquer lugar existe gente honesta e
desonesta.
Sugiro que o senhor aproveite, quando for determinar o fim dos bailes, e acabe também com as festinhas regadas a
cocaína nas mansões de alguns influentes cidadãos dessa cidade.
Antes de acabar com o baile funk, caro coronel, é preciso descobrir por onde entram as armas, munições e drogas que
circulam livremente por nossa cidade e definir de que lado a policia está. Quem são os responsáveis que deveriam combater o
crime e participam ativamente dele? Quantos são os políticos, juízes e outras autoridades corruptas que ganham muito dinheiro
explorando esse mercado ilegal? Quantos são os membros das polícias do Brasil inteiro que sobrevivem graças aos "arregos"
pagos, muitas vezes para sustentar suas famílias?
Com tantas atitudes a serem tomadas para que haja a prevenção da violência, o senhor acredita mesmo que acabando com
os bailes funk vai colaborar com a redução do consumo de drogas e com a desarticulação das quadrilhas? Boa sorte coronel.
Brilhante idéia...
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Questão 1 – Responda de acordo com o texto.
a) De qual pressuposto partiu o autor para escrever o texto?
b) Cite três argumentos fortes que sustentam a opinião do autor.
c) Ao longo do texto, aparecem várias interrogações. A quem elas são destinadas? Para que serve esse recurso?
d) A que conclusão chega o autor?
e) Analise as orações grifadas no texto. (exemplo do que vocês devem fazer.)
''Embora eu não conheça o trabalho do coronel Marcus Jardim > Oração subordinada adverbial consecutiva''
f) O que você achou do texto? Faça um comentário de no mínimo três linhas.
Soluções para a tarefa
b) O funk é um ritmo musical que tira os jovens das mãos dos traficantes.
Os políticos,juizes e entre outros são mais corruptos que muitos outros do crime
Prevenção da violência
c) Para o Coronel,para defender o ritmo musical do funk
d) Teve uma brilhante ideia para previnir a violência
e) É feita a oração para definir as perguntas e respostas ao decorrer do texto
f) Um texto bastante argumentativo e dissertativo. Composto por uma pessoa que quis esclarece e deixar tudo bem claro para o destinatário.
Resposta:
Explicação:
Olá, tudo bem?
O exercício é uma interpretação de texto.
Questão 1 – Responda de acordo com o texto.
a) De qual pressuposto partiu o autor para escrever o texto?
Do fato de o coronel Marcus Jardim dizer que só frequenta baile funk drogado e bandido.
b) Cite três argumentos fortes que sustentam a opinião do autor.
- Antes de tudo, os bailes funk são manifestações culturais
- É legítimo que os moradores das comunidades carentes tenham o direito à diversão dentro de suas áreas de convívio
- Generalizar sempre é uma demonstração de desequilíbrio e falta de bom senso.
c) Ao longo do texto, aparecem várias interrogações. A quem elas são destinadas? Para que serve esse recurso?
São destinadas ao coronel. Este recurso serve para persuadi-lo de que está errado e de que não está vendo a realidade como é.
d) A que conclusão chega o autor?
" Com tantas atitudes a serem tomadas para que haja a prevenção da violência, o senhor acredita mesmo que acabando com
os bailes funk vai colaborar com a redução do consumo de drogas e com a desarticulação das quadrilhas? Boa sorte coronel.
Brilhante ideia..."
e) Analise as orações grifadas no texto. (exemplo do que vocês devem fazer.)
''Embora eu não conheça o trabalho do coronel Marcus Jardim > Oração subordinada adverbial consecutiva''
O texto da pergunta não apresenta orações grifadas.
f) O que você achou do texto? Faça um comentário de no mínimo três linhas.
Um texto franco e indignado de um morador de favela que se mostra enfurecido pela visão do novo chefe de polícia, fala da realidade de onde realmente estão as drogas e os vagabundos e questiona o coronel porque não vai atrás desta gente.
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https://brainly.com.br/tarefa/25653406
Sucesso nos estudos!!!
