Português, perguntado por acbiagatinha2018, 6 meses atrás

Leia com atenção o fragmento a seguir de O primo Basílio, de Eça de Queirós.
 
Às nove horas, ordinariamente, entrava D. Felicidade de Noronha. Vinha logo da porta com os braços estendidos, o seu bom sorriso dilatado. Tinha cinquenta anos, era muito nutrida, e, como sofria de dispepsia e de gases, àquela hora não se podia espartilhar e as suas formas transbordavam. Já se viam alguns fios brancos nos seus cabelos levemente anelados, mas a cara era lisa e redonda, cheia, de uma alvura baça e mole de freira; nos olhos papudos, com a pele já engelhada em redor, luzia uma pupila negra e úmida, muito móbil; e aos cantos da boca uns pelos de buço pareciam traços leves e circunflexos de uma pena muito fina. Fora a íntima amiga da mãe de Luísa, e tomara aquele hábito de vir ver a pequena aos domingos. Era fidalga, dos Noronhas de Redondela, bastante aparentada em Lisboa, um pouco devota, muito da Encarnação.
Mal entrava, ao pôr um beijo muito cantado na face de Luísa, perguntava-lhe baixo, com inquietação:
– Vem?
– O Conselheiro? Vem.
 
Considerando as características dos romances de Eça de Queirós e seu contexto histórico e social, observa-se, no excerto apresentado:

A

a crítica ao modo de vida burguês, alienado e apegado às banalidades.

B

 a ironia com que descreve D. Felicidade, atribuindo-lhe qualidades depreciativas.

C

o humor, ao explicitar o desejo sexual que D. Felicidade mantinha pelo Conselheiro (Acácio).
 
 

D

a crítica à condição da mulher, que vivia sob o domínio do marido e nas dependências do lar.​

Soluções para a tarefa

Respondido por acbiagatinhaozzdxg
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Resposta:

Letra (b)

Explicação:

Essa é a resposta certa

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