Leia com atenção a sentença de Tiradentes em 1792: Justiça que a Rainha nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a sua escandalosa temeridade contra a Real Soberania, e Suprema autoridade da mesma Senhora que Deus guarde. Manda que com baraço (corda ou laço para estrangular) e pregão (proclamação pública) seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca, e nela morra morte natural (morte por sentença) para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos, e pregados em iguais postes pela estrada de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha, e Sebolas; e que a casa da sua habitação seja arrasada; e salgada, e no meio de suas ruínas levantando um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito, e que ficando infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro 21 de abril de 1792. E o Desembargador Francisco Luís Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. Sebastião Vasconcelos Coutinho (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Autos de devassa da Inconfidência Mineira. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 1938. V. VII, pp. 241-2.) Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, recebeu a pena máxima entre os inconfidentes que conspiraram contra a opressão metropolitana. Pode-se perceber na sentença a intenção de que o ex-alferes servisse como exemplo para coibir novas revoltas. Todas as afirmativas comprovam tal intenção a partir das medidas explicitadas no trecho, EXCETO: (A) Que se arrasasse e salgasse também sua habitação no simbolismo de que nada ali crescesse assim como a lembrança de seu antigo morador e de seu delito. (B) Que a Cabeça, fruto da morte do líder, fosse vista por todos para que ficasse na memória como um aviso de que nenhum deles atentasse contra a ordem colonial. (C) Que afetasse a memória de Minas e dos descendentes do líder na sua condição social com a realização do confisco de bens, para a Coroa e para a Câmara Real. (D) Que esquartejamento simbolizasse a fragmentação do movimento pela liberdade das Minas Gerais e suprimindo efetivamente as revoltas coloniais.
Soluções para a tarefa
(A) Que se arrasasse e salgasse também sua habitação no simbolismo de que nada ali crescesse assim como a lembrança de seu antigo morador e de seu delito.
Correto. O ato de salgar poderia indicar exatamente esta representação: a destruição de movimentos contestadores.
(B) Que a Cabeça, fruto da morte do líder, fosse vista por todos para que ficasse na memória como um aviso de que nenhum deles atentasse contra a ordem colonial.
Correto. A exibição da cabeça de Tiradentes serviria como um sinal de que não haveria piedade para quem atentasse contra a autoridade da Coroa.
(C) Que afetasse a memória de Minas e dos descendentes do líder na sua condição social com a realização do confisco de bens, para a Coroa e para a Câmara Real.
Correto. Buscava-se punir até mesmo a família de Tiradentes, retirando dele todos os bens.
(D) Que esquartejamento simbolizasse a fragmentação do movimento pela liberdade das Minas Gerais e suprimindo efetivamente as revoltas coloniais.
Falso. Não se pode ler essa afirmação na sentença.
todas estão corretas exceto:D
a professora corrigiu