leia as manchetes de jornal abaixo depois responda as questões no caderno crise é combustível para Nova Onda de xenofobia na Europa a xenofobia cresce na Europa acordo com que você estudou neste módulo explique o problema social citado nas manchetes acima além do problema social tratado as manchetes quais outros estão presentes na União Europeia
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Crise de identidade, economia em queda e desemprego são alguns dos ingredientes de uma nova onda de xenofobia e nacionalismo na Europa, alertam analistas. A imagem de um homem com uma faca nas mãos cheias de sangue justificando, diante de uma câmera e em nome do Islã, o assassinato de um soldado britânico em plena luz do dia em Londres, e as cenas da violenta revolta de jovens da periferia (na sua maioria imigrantes ou filhos da imigração) na pacata Suécia reforçam o temor.
O pesquisador do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (Iris) Jean-Yves Camus teme o crescente sentimento contra o Islã na Europa:
- Acreditamos por décadas que os muçulmanos que fazíamos vir à Europa para fazer nossas economias funcionarem voltariam um dia a seus países. Vocês no Brasil sabem: quando os imigrantes chegam, eles ficam, na sua maioria. E hoje eles reivindicam uma vontade de expressão religiosa própria.
A brutalidade do crime cometido em Londres por Michael Adebolajo, de 28 anos, que matou o soldado britânico Lee Rigby, de 25 anos, em nome do Islã, terá um impacto na visão dos europeus sobre os muçulmanos. E a imigração.
- A barbárie do ato cometido, a reivindicação islamista (do criminoso) e o fato de que é um ato que pode acontecer em qualquer lugar, não vão ajudar as relações intercomunitárias e o modo como o Islã está sendo percebido pelos europeus certamente. É um enorme problema, inclusive para a maioria dos muçulmanos, que são pessoas completamente pacíficas - prevê o pesquisador.
O que conta é a assimilação
Numa reunião no Parlamento europeu no início do ano, deputados chamaram a atenção para o aumento da xenofobia e islamofobia nas democracias europeias atingidas pela crise. O deputado inglês Sajjad Karim, que foi em 2004 o primeiro muçulmano (de origem paquistanesa) a ser eleito para o Parlamento Europeu, disse que a situação é inquietante. Segundo ele, existe uma relação evidente entre a degradação das economias e o aumento do extremismo.
- As pessoas próximas da extrema direita têm um programa comum contra o Islã. A União Europeia precisa imediatamente adotar metidas políticas adequadas para enfrentar este fenômeno – disse, insistindo uso das escolas para ensinar a tolerância.
Yves Bertoncini, secretário-geral do centro de pesquisa Notre Europe (Nossa Europa) vê risco de um aumento de xenofobia e do extremismo, porém, prefere não aderir ao alarmismo.
- Temos que ser prudentes e estar atentos. A extrema-direita ou a extrema-esquerda podem continuar progredindo, mas não vejo um partido de extrema-direita tomando o poder em nenhum país da Europa - disse Bertoncini.
Xenofobia e extremismos estariam progredindo por uma conjunção de fatores: crise de identidade, econômica e cultural na Europa. Mesmo os alemães, que vão relativamente bem, sentem a pressão econômica sobre o continente e seu modelo social, diz Bertoncini. No plano cultural, a Europa precisa se abrir à imigração, porque sua população envelhece, mas a crise econômica fez com que a tensão com os imigrantes aumentasse. No plano político, a construção de uma união na diversidade ficou mais complicado com a crise na zona do euro.
Ao contrário de Camus, ele minimiza a questão religiosa. E cita casos de ídolos do futebol francês filhos de imigrantes, como o o craque do futebol Zinedine Zidane (de origem argelina), ou muçulmanos, como Franck Ribéry, um convertido. Ninguém na França se importa com isso. O que conta não é a origem ou a religião, mas a assimilação.
- Zidane é um francês perfeito. Mas quando há bairros desfavorecidos nas periferias e crise econômica, a integração não funciona por conta do social. Podem haver fenômenos religiosos, mas o essencial é social - insiste.
Cresce a percepção de incompatibilidade
Bertoncine diz que a discriminação e o racismo sempre existiram na Europa, mas ganham força em períodos de crise. Ele diz que os verdadeiros extremistas islâmicos no continente se resumem a “alguns milhares” e estão, na maioria, sob controle.
Já Camus acha que a crise não explica tudo. Para ele, há uma percepção cada vez maior de incompatibilidade entre muçulmanos e o continente cristão.
- Há cada vez mais gente que pensa que, no fundo, o Islã é incompatível com a civilização europeia - diz.
E, ao contrário do Brasil ou dos EUA, o modelo de integração europeu é de assimilação:
- Quando você vem para a França, torna-se francês e unicamente francês. Você não é ítalo-francês ou franco-japonês. Nesse modelo, há a vontade de que as pessoas esqueçam sua identidade.
O pesquisador do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (Iris) Jean-Yves Camus teme o crescente sentimento contra o Islã na Europa:
- Acreditamos por décadas que os muçulmanos que fazíamos vir à Europa para fazer nossas economias funcionarem voltariam um dia a seus países. Vocês no Brasil sabem: quando os imigrantes chegam, eles ficam, na sua maioria. E hoje eles reivindicam uma vontade de expressão religiosa própria.
A brutalidade do crime cometido em Londres por Michael Adebolajo, de 28 anos, que matou o soldado britânico Lee Rigby, de 25 anos, em nome do Islã, terá um impacto na visão dos europeus sobre os muçulmanos. E a imigração.
- A barbárie do ato cometido, a reivindicação islamista (do criminoso) e o fato de que é um ato que pode acontecer em qualquer lugar, não vão ajudar as relações intercomunitárias e o modo como o Islã está sendo percebido pelos europeus certamente. É um enorme problema, inclusive para a maioria dos muçulmanos, que são pessoas completamente pacíficas - prevê o pesquisador.
O que conta é a assimilação
Numa reunião no Parlamento europeu no início do ano, deputados chamaram a atenção para o aumento da xenofobia e islamofobia nas democracias europeias atingidas pela crise. O deputado inglês Sajjad Karim, que foi em 2004 o primeiro muçulmano (de origem paquistanesa) a ser eleito para o Parlamento Europeu, disse que a situação é inquietante. Segundo ele, existe uma relação evidente entre a degradação das economias e o aumento do extremismo.
- As pessoas próximas da extrema direita têm um programa comum contra o Islã. A União Europeia precisa imediatamente adotar metidas políticas adequadas para enfrentar este fenômeno – disse, insistindo uso das escolas para ensinar a tolerância.
Yves Bertoncini, secretário-geral do centro de pesquisa Notre Europe (Nossa Europa) vê risco de um aumento de xenofobia e do extremismo, porém, prefere não aderir ao alarmismo.
- Temos que ser prudentes e estar atentos. A extrema-direita ou a extrema-esquerda podem continuar progredindo, mas não vejo um partido de extrema-direita tomando o poder em nenhum país da Europa - disse Bertoncini.
Xenofobia e extremismos estariam progredindo por uma conjunção de fatores: crise de identidade, econômica e cultural na Europa. Mesmo os alemães, que vão relativamente bem, sentem a pressão econômica sobre o continente e seu modelo social, diz Bertoncini. No plano cultural, a Europa precisa se abrir à imigração, porque sua população envelhece, mas a crise econômica fez com que a tensão com os imigrantes aumentasse. No plano político, a construção de uma união na diversidade ficou mais complicado com a crise na zona do euro.
Ao contrário de Camus, ele minimiza a questão religiosa. E cita casos de ídolos do futebol francês filhos de imigrantes, como o o craque do futebol Zinedine Zidane (de origem argelina), ou muçulmanos, como Franck Ribéry, um convertido. Ninguém na França se importa com isso. O que conta não é a origem ou a religião, mas a assimilação.
- Zidane é um francês perfeito. Mas quando há bairros desfavorecidos nas periferias e crise econômica, a integração não funciona por conta do social. Podem haver fenômenos religiosos, mas o essencial é social - insiste.
Cresce a percepção de incompatibilidade
Bertoncine diz que a discriminação e o racismo sempre existiram na Europa, mas ganham força em períodos de crise. Ele diz que os verdadeiros extremistas islâmicos no continente se resumem a “alguns milhares” e estão, na maioria, sob controle.
Já Camus acha que a crise não explica tudo. Para ele, há uma percepção cada vez maior de incompatibilidade entre muçulmanos e o continente cristão.
- Há cada vez mais gente que pensa que, no fundo, o Islã é incompatível com a civilização europeia - diz.
E, ao contrário do Brasil ou dos EUA, o modelo de integração europeu é de assimilação:
- Quando você vem para a França, torna-se francês e unicamente francês. Você não é ítalo-francês ou franco-japonês. Nesse modelo, há a vontade de que as pessoas esqueçam sua identidade.
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