Leia a reportagem e analise as afirmativas a seguir:
FHC diz que menino Eduardo foi vítima de guerra contra as drogas
22/04/2015 13h57- Atualizado em 22/04/2015 13h57
Debate sobre regulação aconteceu nesta quarta-feira (22), no Centro do Rio.
Para ex-presidente, alguns políticos estão 'atrasados' em relação ao tema.
Em um painel sobre a regulação das drogas na manhã desta quarta-feira (22) no Centro do Rio, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, comentou a morte do menino Eduardo Jesus Ferreira, assassinado aos 10 anos no Conjunto de Favelas do Alemão durante operação policial, no dia 2 de abril. FHC comparou o combate às drogas a uma "guerra civil latente" e disse que há "vítimas quase todos os dias".
"Não há dúvida alguma de que são vítimas de guerra às drogas. Tive oportunidade de falar com pessoas que moravam em favelas e tinham perdido filhos. Perguntei a relação deles com a polícia e uma senhora me disse: 'Tenho um filho que entrou para o crime e outro não. Quando a polícia chega, bate nos dois e em mim também'. Tem vítimas que são inocentes, mas são alcançadas pelas balas", afirmou.
O evento contou ainda com Ruth Dreifuss, ex-presidente da Suíça; o diretor da Drug Policy Alliance, Ethan Nadelman; e o professor da USP Dartiu Xavier da Silveira. Organizado pela Open Society Foundations, o debate acontece a poucas semanas de uma assembleia geral da ONU para discutir políticas públicas sobre drogas para os próximos 10 anos.
Para os participantes do encontro desta quarta, a redução do uso de drogas significaria a "redução de danos" para a sociedade. Eles refutam a hipótese do aumento de consumo com a legalização e citam ainda uma possível economia de investimentos públicos, que deixariam de ser feitos na militarização da "guerra às drogas" e seriam revertidos para o tratamento de questões relacionadas à saúde dos usuários.
Médico, Dartiu usa como exemplo o período da Lei Seca americana, quando o comércio de bebidas alcoólicas foi proibido. Segundo ele, não houve redução do número de dependentes, pelo contrário: houve até casos de injeção de álcool na veia ou ingestão de álcool de cozinha, devido às dificuldades de adquirir a bebida.
"Identificamos o inimigo errado. A cada 100 pessoas que usam maconha, nove se tornam dependentes. Se a maioria não se torna dependente, o problema não é a substância em si, mas alguma coisa a mais que leva as pessoas a serem dependentes", pondera.
Ex-presidente da Suíça, onde drogas como a maconha podem ser consumidas legalmente, Dreifuss endossou as críticas e citou como motivação para o uso de entorpecentes até mesmo a sensação de não fazer parte do sistema decisório de uma sociedade.
Ainda no debate, FHC disse que a política brasileira em relação às drogas não se divide entre "esquerda e direita", mas que há congressistas atrasados em relação ao tema. Na campanha presidencial de 2014, no entanto, nenhum dos três principais candidatos (Dilma Rousseff, Marina Silva e, o seu, Aécio Neves) se mostrou favorável a uma mudança drástica na legislação.
"Eu não sei se campanha eleitoral é o lugar adequado [para a discussão sobre a legalização das drogas]. Isto tem que ser colocado, antes, em discussão na sociedade", disse.
(Fonte: Disponível em: . Acesso em: 4 mai. 2015)
Considerando a reportagem acima, julgue as afirmativas abaixo:
( ) A legalização das drogas resultaria, segundo os participantes, em aplicação de recursos para a segurança pública tendo em vista o caráter preventivo e repressivo do aparato policial.
( ) A militarização no combate às drogas causa tanto danos quanto uma guerra civil.
( ) Os participantes do encontro defendem a ideia de que a legalização das drogas não implicaria em aumento do consumo das mesmas, necessariamente.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
A RESPOSTA CORRETA F-V-V
maicslayne:
Certíssima obg!!!!!!!!
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