Leia a notícia a seguir, veiculada no site da EBC em dezembro de 2016: O percentual de negros no nível superior deu um salto e quase dobrou entre 2005 e 2015. Em 2005, um ano após a implementação de ações afirmativas, como as cotas, apenas 5,5% dos jovens pretos ou pardos na classificação do IBGE e em idade universitária frequentavam uma faculdade. Em 2015, 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao nível superior, segundo pesquisa divulgada hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparado com os brancos, no entanto, o número equivale a menos da metade dos jovens brancos com a mesma oportunidade, que eram 26,5% em 2015 e 17,8% em 2005. Os dados foram constatados pela Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira. A pesquisa também mostra que os anos de ensino influenciam no salário: quanto maior a escolaridade, maior o rendimento do trabalhador. De acordo com o IBGE, a dificuldade de acesso dos estudantes negros ao diploma universitário reflete o atraso escolar, maior neste grupo do que no de alunos brancos. Na idade que deveriam estar na faculdade, 53,2% dos negros estão cursando nível fundamental ou médio, ante 29,1% dos brancos. Na última década, o Brasil conseguiu aumentar o número de estudantes entre 15 e 17 anos no Ensino Médio de 81,6% para 85%. No entanto, o IBGE avalia que o crescimento foi tímido e destaca o impacto da "pedagogia da repetência" na evasão escolar entre os mais pobres. Agora, imagine que você precisa usar essa pesquisa para argumentar que não existe desigualdade racial dentro das universidades. Qual estratégia de falácia lhe permitiria sustentar essa argumentação?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Minha Resposta e do Jovem abaixo, está correta.
Explicação:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Para que essa notícia pudesse comprovar a ausência de desigualdade racial nas universidades, seria preciso usar a estratégia da supressão de dados, que consiste em apresentar unicamente a parte dos dados que sustenta a afirmação, ignorando as partes que a contradizem. Assim, seria preciso destacar apenas o aumento do percentual de negros no ensino superior, suprimindo os dados que comparam esse número ao número de estudantes brancos. Outra supressão possível seria a que diz respeito ao atraso escolar. Nesse caso, a argumentação deveria destacar apenas que “Na última década, o Brasil conseguiu aumentar o número de estudantes entre 15 e 17 anos no Ensino Médio de 81,6% para 85%.”, de modo articulado ao crescimento do percentual de estudantes negros nas universidades, suprimindo as informações referentes à evasão e ao atraso escolar.