Laços de Família
A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas malas tentando convencer-se de que ambas estavam no carro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia.
— Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez a mãe.
— Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha divertida, com paciência.
Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam suportado; os bons-dias e as boas-tardes soavam a cada momento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir. Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido se tornara o bom genro. "Perdoe alguma palavra mal dita", dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria, v.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
ocorre um posicionamento feminista, representado no trecho acima pela comparação entre a mãe e o pai de Catarina.
o número de personagens é reduzido, permitindo que as características psicológicas de Catarina e Severina, por exemplo, sejam minuciosamente descritas.
a narrativa se dá em primeira pessoa, o que permite amplo espaço para o fluxo de consciência, de Catarina.
ocorre a epifania, momento de revelação, Catarina se redescobre e redescobre a mãe quando o táxi freia e elas se chocam.
há reflexão metalinguística, o que, no conto Laços de Família, é representado pela repetição insistente do autoquestionamento de Severina: “Não esqueci de nada?”.
Explicação:
Perguntas interessantes
Português,
4 meses atrás
História,
4 meses atrás
Matemática,
4 meses atrás
ENEM,
5 meses atrás
Matemática,
10 meses atrás
Matemática,
10 meses atrás