Karl Marx foi fundador do marxismo, seu pensamento expressava qual atitude sobre a religião?
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O fundador do marxismo, o pensador alemão Karl Marx, tinha uma atitude crítica com religião. Por um lado, via a utilização dessa ideologia como "o ópio do povo", ou seja, instrumento usado pelas classes dominantes para dar à classe trabalhadora uma falsa esperança sobre a resolução dos problemas sociais apresentados. Em última instância, a superação da divisão entre pobres e ricos só pode ser superada no pós-morte, no paraíso. Por outro lado, acabava por reconhecer a religião como uma forma de protesto das classes trabalhadoras contra suas más condições econômicas.[1] Inclusive, em sua polêmica com os Bauer e os neohegelianos, quando vai escrever os Manuscritos Econômicos-Filosóficos de 1844, Marx vai defender a distinção entre o Estado e a religião - mas não a aniquilação da religiosidade como um todo, como Bauer defendia.
Na interpretação do marxismo, com robusta filosofia materialista, distanciada da teologia, a religião é uma tema a ser tratado dentro do campo privado, totalmente diferenciado do campo da política estatal. Essa é a posição de Marx e posteriormente de Lenin, um dos líderes bolcheviques da revolução russa. Ou seja, a religião não é um tema do Estado e não cabe a ele o poder de decidir a crença individual das pessoas - que pode se reinvidicar ateu ou teísta. Entretanto, na prática, muitas vezes a religião é usada como apaziguador das lutas.
Essa perspectiva, entretanto, se diferencia dos casos da América Latina, no qual a religiosidade indígena e de matriz africana se unificam com um sentido de luta muito aceso. A relação de opressão do cristianismo para com as "bruxarias" ou "macumbas" nos influencia e dá um conotação de resistência distinta, que contribuem muito para a luta da classe trabalhadora. Dentro do próprio feudalismo, como debate Silvia Federeci em "Calibã e a Bruxa", existiam tendências pagãs que eram perseguidas e queimadas em fogueiras - e, por sua vez, se diferencia da ideologia apaziguadora que o cristianismo exerceu e exerce.Temos ainda experiências dentro do próprio cristianismo que se aproximam do debate político do marxismo, tal como a Teologia da Libertação, se colocando alinhado com uma perspectiva cristã que não reproduz a concepção de levar a verdade e civilização para os selvagens e combate o capitalismo.
Karl Marx é autor de dois grandes livros (os mais famosos), o Manifesto do Partido Comunista, e o Capital, que é dividido em três volumes.
Em seu pensamento conhecido como materialismo histórico, escreveu sobre como as sociedades se organizam na luta de classes, entre proletários e burgueses.
Escreveu como o capitalismo manipula os sujeitos, e entre essas manipulações, para além do capital, está a religião. Muitos agregam à ele a frase de que a "religião é o ópio do povo", no tocante de que a religião historicamente foi utilizada para manipular as pessoas.
Um exemplo disso, é que durante o período Feudal, enquanto, ainda não existiam indivíduos, conceito que surgiu entre o século XVIII e XIX, a igreja manipulava aqueles que eram servos, pois como não existiam indivíduos, cada grupo naturalmente desempenhava a sua função na sociedade.
A pobreza e a abnegação eram consideradas qualidades, bem como o abandono de luxos e confortos, e isso na realidade era uma manipulação para eles aceitarem a pobreza que viviam.
Esse período foi um período de guerras, e o argumento de ir para o céu e lutar pela igreja também foi um argumento utilizado para manipular essa classe a favor doa interesses da igreja.
Esse e outros elementos históricos são utilizados por Marx, para defender a tese de que a religião manipula e não é benéfica para as pessoas.