(JR JORDAN 2021) O filósofo Montaigne tinha uma visão completamente contrária do colonizador europeu em relação aos indígenas. Em vez de manifestar o horror nos costumes indígenas, como seria esperando de um intelectual, o pensador comparou aos europeus e concluiu que os supostos selvagens lhes eram superiores graças a coerência com a própria cultura, a dignidade e ao senso de beleza. Em relação a esse pequeno texto, que crítico Montaigne fez em relação a cultura europeia, valorizando a cultura indígena?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O primeiro ponto a ressaltar é que o movimento humanista, decorrente do
Renascimento e do qual o autor faz parte, é um movimento de redescoberta da cultura dos
antigos (greco-romana). Neste momento histórico ocorre uma “(...) espécie de deslocamento
que permite aos homens da renascença pôr em perspectiva sua própria cultura” (AZAR
FILHO, 2010, p. 1). Neste contexto, Montaigne faz uma análise dos modos de vidas dos
ameríndios antropofágicos do Brasil e coloca em questão os costumes dos seus conterrâneos
através da seguinte sentença “Não há nada de bárbaro e selvagem nessa nação, pelo que dela
me relataram, senão que cada um chama de bárbaro aquilo que não é de seu uso”
(MONTAIGNE, 2009, p. 51). O autor utiliza os tupinambás1
para realizar uma crítica aos
seus próprios costumes, tentando levar o leitor, por meio de uma construção retórica, a
perceber que aquilo que a sua sociedade considerava como selvagem/bárbaro era aquilo que
escapava aos costumes de sua terra. Em resumo, afirma que aquilo que era diferente do
costume europeu era classificado pelos seus conterrâneos como bárbaro. Essa passagem
representa o pensamento cético protagonizado por Montaigne, sobre a diversidade de culturas
e costumes.
Explicação:eu acho que e essa a resposta certa.