João Cabral de Melo Neto caracteriza seu poema dramático Morte vida Severina como um auto Natal Pernambuco. Explique essas caracterização associando ao personagem e as aspectos do narrador
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Resposta:
Morte e Vida Severina é um poema de construção dramática com exaltação à tradição pastoril.
A obra é, acima de tudo, uma ode ao pessimismo, aos dramas humanos e à indiscutível capacidade de adaptação dos retirantes nordestinos.
O poema choca pelo realismo demonstrado na universalidade da condição miserável do retirante, desbancando a identidade pessoal.
Explicação:
Severino se apresenta como um em muitos ("iguais em tudo na vida"). A sua individualidade é anulada e o seu nome se torna um adjetivo já no título da obra. À moda dos autos medievais, o personagem se torna uma alegoria, uma representação de algo que é muto maior que ele.
A obra aborda a viagem de um retirante do interior do Pernambuco até o Recife, onde ele se depara constantemente com a morte.
Ao longo da jornada, Severino encontra diversas vezes a morte. Morte por fome, por emboscada ou por velhice antes do trinta. O sertão é o espaço e a morte é o tema, os dois andam juntos ao longo do rio. Até o próprio rio também morre.