"Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta,
aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem
outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se
diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio,
entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?"
"Infelizmente, cavalheiro..."
"Ora, você sabe do que eu estou falando."
"Estou me esforçando, mas..."
"Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?"
"Se o senhor diz, cavalheiro."
"Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber
o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero."
"Sim, senhor. Pontudo numa ponta."
"Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?"
VERISSIMO, L. F. Para gostar de ler. São Paulo: Atica, 1982.
Analisando o diálogo apresentado no texto, percebe-se que falhas na comunicação poderiam
ser minimizadas se o consumidor
A empregasse marcas de oralidade.
B evitasse expressões imprecisas.
C eliminasse a representação gestual.
D usasse a linguagem informal.
#ProvaENCCEJA2018
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A partir da leitura e interpretação do texto de Luís Fernando Veríssimo, podemos observar que a comunicação entre os dois homens poderia ser melhor caso as expressões imprecisas fossem eliminadas (item B).
De acordo com o texto, um cavalheiro deseja obter uma ponta, mas ele não sabe claramente como expor isso para o outro homem que trabalha com este serviço.
É possível notar a partir da leitura do texto que o personagem principal da história não sabe exemplificar a maneira correta pela qual ele deseja obter a ponta, e isso acaba tornando o diálogo difícil de entender.
Portanto, se ele soubesse se expressar corretamente, evitaria confusões na comunicação.
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