Introdução de Aluísio Azevedo e obras
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Biografia de Aluísio de Azevedo
Nascido em São Luís do Maranhão (MA), em 14 de abril de 1857, Aluísio Azevedo era filho de D. Emília Amália Pinto de Magalhães e do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo.
Demonstrou, desde muito jovem, grande interesse por desenho e pintura, o que o levou a mudar-se para o Rio de Janeiro em 1876, a fim de matricular-se na Imperial Academia de Belas Artes. Para manter-se na capital, desenhava caricaturas para os jornais O Fígaro, A Semana Ilustrada, O Mequetrefe, e Zig-Zag. Também rascunhava cenas de romances
Morto seu pai em 1878, retorna a São Luís, onde dá início à sua carreira de escritor no ano seguinte, com o romance Uma lágrima de mulher, ainda aos moldes da estética romântica. Trabalha também para a fundação do jornal O Pensador, publicação anticlerical e abolicionista.
Em 1881, lança seu primeiro romance naturalista, O mulato, abordando o assunto do preconceito racial. Bem recebido na corte, apesar da temática da obra ter sido considerada escandalosa, Aluísio embarca de volta para o Rio de Janeiro, decidido a ganhar a vida como escritor.
De volta à capital do Império, produz diversos folhetins, que garantiam sua sobrevivência. Nos intervalos dessas publicações, geralmente melodramáticas e românticas, dedicava-se à pesquisa e à escrita naturalista, que o consagrou como grande autor brasileiro. Foi nessa época que lançou suas principais obras, Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890).
Aprovado em concurso para o cargo de cônsul em 1895, abandona a carreira literária. Reside na Espanha, no Japão, na Inglaterra, na Itália, na França, no Uruguai, no Paraguai e na Argentina, onde falece, em Buenos Aires, em 21 de janeiro de 1913.
Obras de Aluísio Azevedo
Romances
Uma lágrima de mulher (1880)
O mulato (1881)
Mistérios da Tijuca [reeditado com o título Girândola de amores] (1882)
Memórias de um condenado [reeditado com o título A condessa Vésper] (1882)
Casa de pensão (1884)
Filomena Borges (1884)
O homem (1887)
O coruja (1890)
O cortiço (1890)
A mortalha de Alzira (1894)
Livro de uma sogra (1895)
Teatro
Os doidos (1879)
Flor-de-lis (1882)
Casa de orates (1882)
O caboclo (1886)
Venenos que curam (1886)
A República (1890)
Um caso de adultério (1891)
Em flagrante (1891)
Contos
Demônios (1895)
Pégadas (1897)
O touro negro [contos, cartas e crônicas em ed. póstuma] (1938)