Português, perguntado por luisssfernando, 10 meses atrás

INTERPRETAÇÃO NORMATIVA:
Esse caso foi apresentado pelo autor Recaséns Siches: imagine que numa estacão ferroviária havia o aviso: É proibida a entrada de cães. Chega um homem com um urso e insiste em entrar, alegando que a proibição seria somente em relacçã aos cães.

Logo depois, chega um mutilado de guerra, cego, conduzido por um cão-guia. Poderia ou não entrar com o cão? O o urso poderia entrar?

Construa uma resposta utilizando as interpetações: gramatical (literal), lógica e a teleológica.

Soluções para a tarefa

Respondido por brendaisis
6

No caso do urso: Não poderia entrar, porque a placa avisando que é proibida a entrada de cães na realidade deseja informar que nenhum tipo de animal pode entrar no local.

No caso do cego que é conduzido pelo seu cão guia, é judicialmente permitida a sua entrada, haja vista que o cão guia exerce uma função essencial para localização do cego e para sua locomoção. Além disso, o animal é treinado para estar em locais públicos.


haasmatheus: Brendaisis sou seu fã kk, suas respostas são muito boas
Respondido por lilianeprosa
5

Resposta:

No caso do urso não poderia entrar e o  cão guia sim.

Explicação:

O texto constitucional, como norma, não pode ser lido literalmente como "É proibida a entrada de cães". É preciso investigar a vontade do legislador, a vontade do Estado contida na norma jurídica, entender o sentido da norma.  A vontade do legislador é proibir a entrada de animais

Nos dois casos, ilustrava o professor Montoro, a norma foi desrespeitada em sua acepção literal, mas em ambos foi integralmente obedecida quanto ao espírito, à intenção. Em ambos os casos a norma fora interpretada corretamente.

O texto constitucional, como norma, não pode ser lido literalmente como "É proibida a entrada de cães". É preciso investigar a vontade do legislador, a vontade do Estado contida na norma jurídica, entender o sentido da norma.

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