Império português na África e na Ásia
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império africano é hoje mais conhecido e lembrado pelo seu fim dramático do que pela sua lenta formação. Se 1975 marcou as independências africanas ao cabo de uma guerra de 13 anos de duração, muitas outras datas de um passado não tão remoto como vulgarmente se julga têm tendência a cair no esquecimento. No período final do Estado Novo era recorrentemente invocada, como argumento legitimador para a continuação da guerra, uma alegada presença de 500 anos em África. Se é verdade que, historicamente, os portugueses foram os europeus pioneiros nos contactos com os povos e as culturas subsarianas, não é menos certo que só a partir de finais do século XIX e inícios do século XX (há uns escassos cem anos, portanto), os territórios de Angola, Moçambique e Guiné foram militarmente ocupados na sua integralidade, abrindo o caminho a uma posterior colonização que apenas fluiria quando o século passado ia já adiantado, e que não é abordada nesta edição, visto termos decido limitarmo-nos ao período da construção desta realidade.
É essa atribulada fase de construção do império africano de Portugal, com que uma corrente política afinal preponderante pretendeu responder à perda do Brasil, que se evoca no número 31 da VISÃO História.
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