Imaginemos um encontro entre poetas, no qual cada um exponha a sua concepção do fazer artístico: I. João Cabral de Melo Neto "Sempre achei que a linguagem, quanto mais concreta, mais poética." II. Mário Quintana "Fazer poesia é coisa mais fácil do mundo – ou então, impossível." III. Manuel Bandeira "Não quero saber de lirismo que não é liberta- ção" Cada um dos poetas definiu, com singularidade, sua concepção de arte. Quanto a isso, marcar o corre- to. a) A concepção de Mário Quintana e a de João Ca- bral entram em consonância, pois ambas defen- dem que arte resulta de um processo artesanal. b) Manuel Bandeira e Mário Quintana discordam quanto ao processo de criação: o primeiro visa à naturalidade; o segundo, ao rigor formal. c) João Cabral e Manuel Bandeira acreditam que a verdadeira poesia é a que desafia o poeta a lon- gas buscas pela perfeição estética. d) Se Mário Quintana defende que poesia resulta de um esforço intelectual; para Manuel Bandei- ra, é pura expressão da subjetividade. e) A concepção de arte em João Cabral difere da de Bandeira e da de Quintana: estes pregam o império da sensibilidade; aquele, ao construti- vismo.
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Letra e.
Nota-se que para João Cabral de Melo, o processo criativo está relacionado com uma ideia de objetividade, no qual o fazer poético deve ser necessariamente acompanhado de um rigor estético, dotado cada vez menos de aspectos imaginativos.
Já para Mario Quintana, o processo criativo pode ser relacionado com a presença de criatividade, de sensibilidade, bem como aspectos inerentes ao construtivismo artístico.
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