Imagine que você faz parte de uma família separada pela divisão da Coreia e vive na Coreia do Sul. Escreva uma carta para sua família, que reside do outro lado da fronteira. Conte a eles como é a sua vida, como você se sente em relação a essa separação e, principalmente, como você avalia a situação atual das duas Coreias.
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Meus queridos conterrâneos, é uma pena que tenhamos que pagar pelas guerras que não cometemos, pelas coisas que não fazemos. É muito difícil imaginar que agora em pé de guerra, a minha parte corre o risco de ser dizimada junto com milhões de pessoas inocentes. No entanto, viver abaixo de um regime totalitário e perverso como o de Kim deve ser uma das coisas mais humilhantes que o ser humano pode provar. A fome bate à porta e nada pode ser feito, pois não ligam para nós. Com as fronteiras sendo monitoradas 24 horas por dia, é impossível pensar em um modo de se libertar de tudo isso. O que resta agora, são nossos laços, que ao contrário das Coreias, nos permitem continuar unidos e forças para vencer nossos demônios que encaramos a cada dia que passa. Pode não ser hoje ou amanhã, mas um dia todo crepúsculo acaba, e a alvorada surge. Talvez essa carta nunca nem passe pela fronteira, nunca chegue até vocês, mas precisava tentar.
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