Português, perguntado por luizfernando11666, 5 meses atrás

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Doutor Prefeito do Distrito Federal. Sou um pobre homem que em vida nunca deu trabalho às autoridades públicas nem a elas fez reclamação alguma. Nunca exerci ou pretendi exercer isso que se chama os direitos sagrados de cidadão. Nasci, vivi e morri modestamente, julgando sempre que o meu único dever era ser lustrador de móveis e admitir que os outros os tivessem para eu lustrar e eu não. [...]
e estava certo de ir direitinho para o Céu, quando, por culpa do Senhor e da Repartição que o Senhor dirige, tive que ir para o inferno penar alguns anos ainda. [...]
A culpa é da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro que não cumpre os seus deveres, calçando convenientemente as ruas [...]
Esta rua foi calçada há perto de cinqüenta anos a macadame e nunca mais foi o seu calçamento substituído. Há caldeirões de todas as profundidades e larguras, por ela afora. Dessa forma, um pobre defunto que vai dentro do caixão em cima de um coche que por ela rola sofre o diabo.

Nesse fragmento do conto "Queixa de defunto", de Lima Barreto, o narrador
a.
culpabiliza a administração da prefeitura por sua condenação ao inferno.

b.
condena a administração do cemitério no qual foi enterrado.

c.
lamenta ter sido lustrador de móveis durante toda sua vida.

d.
arrepende-se do comportamento que possuía quando estava vivo.

e.
elogia os serviços prestados pela prefeitura municipal.

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Respondido por ProfessorELEILÇON
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Resposta:

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Doutor Prefeito do Distrito Federal. Sou um pobre homem que em vida nunca deu trabalho às autoridades públicas nem a elas fez reclamação alguma. Nunca exerci ou pretendi exercer isso que se chama os direitos sagrados de cidadão. Nasci, vivi e morri modestamente, julgando sempre que o meu único dever era ser lustrador de móveis e admitir que os outros os tivessem para eu lustrar e eu não. [...]

e estava certo de ir direitinho para o Céu, quando, por culpa do Senhor e da Repartição que o Senhor dirige, tive que ir para o inferno penar alguns anos ainda. [...]

A culpa é da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro que não cumpre os seus deveres, calçando convenientemente as ruas [...]

Esta rua foi calçada há perto de cinqüenta anos a macadame e nunca mais foi o seu calçamento substituído. Há caldeirões de todas as profundidades e larguras, por ela afora. Dessa forma, um pobre defunto que vai dentro do caixão em cima de um coche que por ela rola sofre o diabo.

Nesse fragmento do conto "Queixa de defunto", de Lima Barreto, o narrador:

a. Culpabiliza a administração da prefeitura por sua condenação ao inferno. (X)

b. Condena a administração do cemitério no qual foi enterrado.  (  )

c. Lamenta ter sido lustrador de móveis durante toda sua vida.  (  )

d. Arrepende-se do comportamento que possuía quando estava vivo.  (  )

e. Elogia os serviços prestados pela prefeitura municipal.

Explicação:

Obs.: Bem sei que nada tem a ver com a questão proposta, mas não posso deixar de colocar que a história contada refere-se ao período em que a Cidade do Rio de Janeiro era o DISTRITO FEDERAL, CAPITAL DA UNIÃO, portanto, não havia prefeito, já que um Distrito Federal, por ser de autonomia federal, não tem Administração Municipal.


ProfessorELEILÇON: Disponham todos deste amigo de vocês, Professor Eleilçon.
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