História, perguntado por tomascurado7, 8 meses atrás

Identifica os líderes da resistência africana contra a dominação colonial

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Respondido por bebelbgs
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Resposta:

Formas de Resistência Colonial

Davidson (1991:703-706), apresenta várias formas de resistência contra a presença colonial em África. Dentre elas destaca-se as seguintes:

– A primeira forma de resistência consistia em pegar em armas. Esta forma de luta foi abandonada no final da primeira guerra mundial, pois era um recurso sem esperança e condenado ao fracasso, pois as armas haviam sido consfiscadas em sua maior parte e a pólvora não era encontrada.

– A segunda forma era a retirada, pois quando a situação se tornava intolerável, aldeias inteiras abandonavam os campos e partiam para zonas situadas fora do alcance das autoridades coloniais.

– A terceira solução forma de resistência residia nos cultos religiosos ou messiânicos fundados pelos africanos em reacção a religião europeia. Essa revolta metafísica dos africanos aparentemente tinha poucas raízes locais.

Enquanto maior parte dessas formas de oposição tinham a base rural, os intelectuais e jornalistas assimilados, denunciavam os abusos do colonialismo e reafirmavam a sua identidade africana. De facto, desde meados do século XIX, existia uma tradição de oposição literária muito rica.

Era quase sempre difundida pelos imperialistas europeus que África era uma espécie de vazio político onde tinha livre curso a anarquia e selvajaria sangrenta e gratuita a escravidão, a ignorância, miséria e ainda ausência total do nacionalismo entre os africanos. A atitude dos africanos aquando da chegada dos europeus no século XIX foi muito variada. A primeira reação dos africanos raramente foi de hostilidade.

A hostilidade pôde provir da circunstância do tráfico de escravos haver atingido sobretudo as pequenas tribos desorganizadas e se estas terem tendências para ver qualquer expedição conduzida por estrangeiros como um prelúdio ao comércio negreiro.

De facto existiam diferentes ideias no seio dos africanos em relação aos brancos, como por exemplo, nos povos “bornus” os brancos eram olhados com horror porque se suspeitava que fossem leprosos ou infiéis. Na região do Kanu (Hanças) imaginavam que esses tinham poder sobrenatural como de transformar as pessoas em animais. É importante realçar que todos os primeiros viajantes estrangeiros conheceram a hostilidade (oposição) dos africanos.

Muito rapidamente e principalmente desde finais do século XIX, os africanos se aperceberam que aqueles estrangeiros não eram como os outros (asiáticos). Vai assim a resistência tomar as suas raizes na consciência de um perigo mortal para as colectividades dos africanos. Surgirá ela de início da reacção dos chefes locais que viam na invasão europeia uma ameaça aos seus valores ideológicos e aos seus privilêgios comerciais.

A resistência africana surge após a instalação do sistema colonial com as suas humilhações, os seus crimes e especialmente a proibição ao tráfico de escravos que era a principal fonte de rendimento dos chefes locais. Assim, desperta uma resistência em geral mais popular que tomou as formas mais variadas desde a fuga á sublevação armada.

Com o intuito de cristianizar os africanos, os europeus entraram em choque com o aparato ideológico local, visto que estes já dispunham das suas crenças, hábitos e costumes e já tinham sofrido uma forte influência do islamismo. O período colonial é considerado por africanos como sendo o “tempo de força”, pois foi na verdade pela força, pela coerção  e violência física que se estabeleceu este regime.

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