ideias econômicas do anarquismo
Soluções para a tarefa
No primeiro artigo desta série, publicado na edição n° 471, expusemos as ideias fundamentais do anarquismo e as criticamos desde um ponto de vista marxista. Ao adiantarmos os temas dos próximos artigos, dissemos que, do ponto de vista da economia, a realização do ideal anarquista representaria um retrocesso em todo o desenvolvimento humano e social, mesmo em comparação com o capitalismo. Tal afirmação causou enorme indignação entre alguns anarquistas. No presente artigo, tentaremos provar esta terrível declaração.
A economia capitalista e o marxismo
A Idade Média foi um período de atraso e ignorância. Os povos estavam divididos em pequenas unidades político-econômicas chamadas feudos. Cada feudo tinha seu príncipe, suas leis, suas unidades de peso e medida, sua moeda e seu exército. A economia era de subsistência e o comércio entre feudos era esporádico, se resumindo a uns poucos itens que sobravam ao final de cada safra. A burguesia nasceu, cresceu e se fortaleceu como classe revolucionária no seio dessa sociedade agrária atrasada. O ímpeto comercial da burguesia rompeu essa arcaica estrutura social: vieram as grandes navegações, o renascimento das cidades, das artes e das ciências, e com elas o comércio mundial. A velha sociedade não suportou o choque, e os antigos feudos se unificaram nas grandes nações e povos que conhecemos hoje. O Estado nacional burguês, a economia nacional burguesa e a nação burguesa foram gigantescos passos progressivos na história da humanidade. Mas a burguesia não parou por aí em sua cruzada revolucionária: ela criou também a produção mundial e com isso unificou o planeta inteiro economicamente.