Português, perguntado por laura2304, 10 meses atrás

I) Escreve “V” para a frase verdadeira ou “F” para a falsa.
1) Os Textos Sagrados e Cultura religiosa são elementos de uma Tradição Religiosa. ( )
2) A Ética faz parte de uma Tradição Religiosa e refere-se à reunião de pessoas em certo local para realizar cultos religiosos. ( )
3) Não há nenhuma relação entre as tradições religiosas e o comportamento humano. ( )
4) A Páscoa dos cristãos é considerada uma tradição religiosa. ( )
5) No Judaísmo o “Yon Kipur”, é uma celebração que dura o ano inteiro. ( )

Soluções para a tarefa

Respondido por mpalves
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Resposta:

1. V

2. F, a ética pode ser definida como uma área da filosofia que busca problematizar as questões relativas aos costumes e à moral de uma sociedade, sem recorrer ao senso comum.

3. F, a religião influencia pesadamente no comportamento humano

4. F, a Páscoa é uma festividade religiosa

Respondido por 2008gsanmartin
1

Resposta:

A Páscoa Judaica ou Pêssach é uma festa religiosa comemorada pelo povo

judeu, evocando a passagem da escravidão no Egito para a condição de liberdade,

conforme evento descrito na Torah (Livro Sagrado dos Judeus). Essa festa religiosa é

comemorada anualmente pelos judeus em todo o mundo, sendo sua presença também

observada por seus descendentes aqui no Brasil através das Sinagogas Judaicas,

como a do Centro Israelita do Paraná (CIP) em Curitiba, por exemplo. A festa reúne

todos os anos, durante o mês de abril, as famílias e os amigos em torno da mesa de

Pêssach, onde se segue um cuidadoso ritual de preparação com orações e uma

culinária específica para a ocasião. Tal celebração religiosa faz parte integrante do

patrimônio cultural brasileiro, o qual merece ser conhecido e estudado em sua

simbologia e significado, embora o governo brasileiro, desde a década de 1930, não

tenha priorizado as contribuições dos imigrantes na formação cultural brasileira.

Somente nas últimas décadas do século XX, o conceito de patrimônio cultural se

expandiu e passou a incorporar os referenciais culturais dos povos e a percepção dos

bens culturais nas dimensões testemunhais do cotidiano e das realizações intangíveis.

Nesse sentido, como bem o lembram Pedro Paulo Funari e Sandra Pelegrini a

“ampliação do conceito de patrimônio observado no artigo 216, da Constituição Federal

Brasileira” (1988), estimulou a criação de ferramentas de proteção dos bens culturais

no país:

“(...) o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, implementado pelo

Decreto no. 3551/2000. Essa ampliação das frentes de tombamento do

patrimônio histórico nacional, manifestas no registro de “bens imateriais

notáveis” – como salientou Glauco Campelo, evidenciou a adoção de novas

formas de acautelamento por parte do IPHAN e a necessidade da criação do

Livro de Registro dos Saberes e do Livro das Formas de Expressão, nos quais

são inscritos os “conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das

comunidades” e armazenadas “as manifestações literárias, musicais, plásticas,

cênicas e lúdicas”; e também, do Livro das Celebrações e do Livro dos Lugares,

que se ocupam, respectivamente, dos “rituais e festas que marcam a vivência

coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da

vida social” e dos espaços onde se “concentram e reproduzem práticas culturais

coletivas”, como mercados, feiras, santuários, praças e entre outros

1

.

2

Assim, buscar-se-á apreender os rituais judaicos do ponto de vista do patrimônio

cultural no Brasil, inventariando cada fase do Pêssach.

A formação da comunidade Judaica no Paraná

A formação da comunidade Judaica no Paraná é fruto da vinda de várias

famílias que imigraram para esse Estado, fato esse observado principalmente entre os

anos de 1870 e 1920, em decorrência do grande fenômeno de imigração ocorrido no

Brasil nesse período.

Em 1913, inúmeras famílias israelitas já moravam em Curitiba e se reuniam para

celebrar suas festas religiosas. Dentre elas, destacava-se a festa de Pêssach (Páscoa

Judaica), ritual religioso de caráter unificador das tradições deste povo. Naquele

período os imigrantes fundaram a União Israelita do Paraná. Sete anos depois a

comunidade Israelita organizou o Centro Israelita do Paraná (CIP), sendo esta uma

instituição que objetivava manter viva as ricas tradições desse povo residente em

Curitiba e região:

a

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