Historia sobre uma casa
(Não pode ser de terror)
Soluções para a tarefa
Resposta:
Numa certa cidade havia uma casa grande e velha rodeada de muros de pedra e com um portão de entrada. A casa ficava perto do parque municipal e as crianças que lá brincavam perguntavam: “Mamãe, quem mora nessa casa”? “Ninguém, meu querido, a casa esta vazia”.
E na verdade, em todas as outras casas morava gente, mas nessa casa não morava ninguém. Faz muito tempo que ninguém entra nela. A casa parece fechada e lacrada e nenhuma pessoa ousava entrar nela.
Os que passavam perto da casa olhavam para ela sem entender: ”Que casa estranha? Uma casa tão grande e vazia, sem ninguém...”
A casa se perguntou por que ela é diferente: “Talvez porque a pintura das janelas esteja descascando?
Talvez o cata-vento esteja torcido, perguntou o telhado?”
A casa olhou para dentro. Dentro da casa estava frio e escuro. As cortinas pesadas não deixavam os raios de sol penetrar no interior da casa. Os armários da cozinha estavam cheios de louça. Nas prateleiras havia castiçais com velas. No quarto de hospedes, as camas estavam arrumadas. As mesas cobertas por toalhas de mesa. E silêncio... Só a mesa de jantar tenta às vezes animar a louça da casa: “Pratos, vamos, se arrumem em fila!”
“Para que?” perguntam os pratos. “Quem vai nos encher?”
“Velas, desçam das prateleiras!” “Para que? Quem vai nos acender?”
E então a mesa de jantar acorda o magnífico lustre de cristal que esta no salão: “Lustre! Ilumine a casa!”
“Não tem ninguém para me acender”, reponde o lustre. “E, além disso, mesmo que o salão seja iluminado, não tem ninguém para me ver.”
A casa estava tão chata e triste que os objetos começaram a brigar. As colheres discutiam com os garfos para saber quais dos dois eram os mais importantes. As escadas se queixavam do tapete que acumula poeira. A pia se surpreendeu porque não havia água no cano. Até mesmo a pequena lâmpada de mesa apelidou o lustre de “Apagado”.
"A casa recebeu todas as brigas e entendeu que tinha que fazer alguma coisa. Mas o quê?
“Perguntou a chaminé que aquece. Ela é muito sábia e velha. Eu me lembro que quando me construíram primeiro fizeram a chaminé e só depois construíram o resto dos quartos”. Mas a chaminé estava dormindo profundamente e não foi fácil acordá-la. A casa tentou gritar através da abertura da chaminé, mas ela apenas moveu alguns pedaços velhos de carvão e levantou fuligem no ar. A casa se voltou para a louça da casa: “Vamos acordar a chaminé todos nós juntos para que ela nos ajude e nos diga o que fazer. Vamos louça façam um pouco de barulho!” E ai começou... os pratos clicaram, os castiçais baterem, as facas se chocaram o lustre grande tocou em seus cristais e até as camas arrastaram seus pés sobre o piso. Eles fizeram tanto barulho que até os pombos que estavam em cima do telhado voaram assustados.
Finalmente a chaminé acordou e perguntou:
“É muito difícil dormir aqui, vocês me acordaram?”.
“Eu preciso de seu conselho”, respondeu a casa. “Alguma coisa não está bem comigo, mas o que? Eu mesma não sei”.
“É muito simples”, respondeu a chaminé.
“Se é assim, qual é o motivo?
“Tem uma regra muito importante: Você tem que compartilhar sua vida com outros. Veja bem, quando me acendem, eu não guardo o calor pra dentro, mas eu o passo imediatamente para todos. Todas as casas da cidade também passam o calor delas e a “sensação de família” aos seus inquilinos. E você está sozinha e não tem ninguém com quem compartilhar o seu calor e ambiente familiar. Por isso você está triste e solitária, e os utensílios da casa estão brigando”.
A casa ficou espantada. Ela resolveu adotar a regra da velha chaminé. Na manhã do dia seguinte, ela abriu todas as cortinas e as janelas e acordou os amigos. Os espelhos não acreditavam que a luz do sol se refletia neles. As discussões pararam imediatamente.
“Escovas! Panos! Baldes! Lavem o chão e limpem a poeira! E não economizem água!”
Em pouquíssimo tempo a casa brilhava de tão limpa.
“Mesa de jantar! Prepare-se para receber os convidados!”
Num piscar de olhos os pratos se arrumaram em cima da mesa.
Os garfos, as facas e as colheres ocuparam seus lugares ao lado dos pratos, e os copos de vidro ficaram delicadamente ao lado deles.
A mesa de jantar queria dançar de tanta alegria, mas ficou quieta no lugar para que nada caísse.
Na hora do almoço, a casa abriu a sua porta de entrada. As pessoas que passavam perto da casa nunca tinham visto uma casa tão bonita e amigavel. Eles entraram e viram que estavam sendo esperadas dentro da casa.
“Olhem!” chamou uma menina. “A mesa esta posta!”
A casa lembrou bem a regra que aprendeu da chaminé: “Precisa compartilhar o calor com os outros”. Não demorou muito e chegaram inquilinos na casa como nas outras casas. E desde então, quando todos vão dormir, a casa verifica se tudo esta em ordem, e em seguida sussurra baixinho dentro da abertura da chaminé de cima do telhado:
“Obrigada, velha e sábia chaminé pela sua sábia sugestão - Compartilhar o calor com os outros”.