História do Lazer no trabalho
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Resposta:
Resumo
O presente estudo é uma revisão bibliográfica que teve por foco a análise crítica do entendimento do Lazer na sociedade contemporânea. Tratou-se de resgate histórico sobre o significado conceitual do lazer e, conseqüentemente, da sua materialidade nos limites das relações sociais capitalistas. Essa temática foi escolhida devido à relevância do fenômeno, pois é notório o crescimento do interesse em torno da mesma. Julgamos ser absolutamente necessário dar continuidade no aprofundamento dos conhecimentos e discussões em torno do Lazer a fim de que possamos aumentar a consciência da população sobre as múltiplas dimensões econômicas, culturais e políticas presentes nas dinâmicas sociais produtoras e influenciadas por este fenômeno. Tal relevância cresce ainda mais na medida em que se percebe a fragilidade com que os órgãos governamentais têm compreendido o Lazer. Ao que parece, na maioria das vezes, ele não é entendido como um direito social, mas muito mais como uma mercadoria ou serviço a ser disponibilizado. Isto, em parte, deve-se a uma compreensão que reduz os aspectos históricos e sociais do Lazer, restringindo-o à dimensão moralizante e/ou de consumo. Para a realização da pesquisa, algumas etapas foram projetadas e, partes delas, já foram realizadas. Das partes realizadas, ora apresentamos os resultados referentes aos seguintes aspectos:
- Ao estudo da gênese do lazer na sociedade moderna;
- À análise das diversas visões em relação ao fenômeno;
- À compreensão das relações entre lazer e trabalho;
- E ao estudo sobre a possibilidade de entendimento do Lazer como um Direito Social.
Com este estudo preliminar, percebemos que, ao longo da história do capitalismo, as relações trabalho/lazer formam um sistema constituído por um movimento interdependente e que o fenômeno do Lazer, como esfera própria e concreta, originou-se a partir da revolução industrial. Para os autores marxistas, o tempo de lazer é poluído pelos valores calamitosos do capitalismo, no entanto, ressaltando o seu caráter contraditório, alertam para a necessidade de que este deva ser considerado como uma reivindicação social necessária ao desenvolvimento completo do homem e não apenas como um meio para descansar, consumir determinados produtos e reproduzir a força de trabalho. Percebemos também, que a compreensão do Lazer como um direito social tem relação com o direito ao tempo livre do trabalho, às férias, ao repouso semanal e ao acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade e que a conquista destes direitos está ligada às lutas dos movimentos trabalhistas por igualdade. Concluímos que o Lazer é de fato um direito social que pode contribuir para a transformação dessa sociedade e que o Estado deve se preocupar na elaboração e execução das políticas sociais para o Lazer, sendo que a garantia desse direito demanda a implementação de programas concretos para sua efetivação