História da sanfona
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Resposta:
A sanfona é um instrumento musical que se tornou popular no início do século XIX na Áustria e na Alemanha. Imigrantes alemães e italianos trouxeram o instrumento para o Brasil a finais do século XIX, particularmente aos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, espalhando-se para outras regiões e ganhando popularidade na música popular brasileira. Assim, também ganhou diferentes nomes, entre eles sanfona no Nordeste, ou gaita e acordeão no sul do país.
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Em 2700 a.C., foi inventado, na China, o instrumento musical denominado cheng, que é tocado até hoje. É uma espécie de órgão portátil tocado pelo sopro da boca. Tem a forma de uma fénix, que os chineses consideram a rainha entre as aves. O cheng é dividido em 3 partes:
Recipiente de ar
Canudo de sopro
Tubos de bambu
O recipiente de ar parece o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro tem a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de bambu variava, porém, a mais usada é a de 17. Interessante é que, destes 17 tubos de bambu, 4 não têm a abertura embaixo para a entrada do ar, sendo, portanto, mudos e colocados somente por uma questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar ou reservatório de ar, existem as perfurações onde são fixados os tubos de bambu. Em cada tubo, é colocado a lingueta ou palheta, para produzir o som. Este recipiente (espécie de cabaça) é abastecido constantemente pelo sopro do músico, que tapa, com as pontas dos dedos, os pequenos orifícios que existem na parte inferior de cada tubo. De acordo com a música a ser executada, ele vai soltando os dedos, podendo formar até acordes. Em cada tubo de bambu, há um caixilho próprio para ser colocada a lingueta, presa por uma extremidade e solta na outra, que vibra livremente quando o ar comprimido a agita.
O cheng é o precursor do harmónio e do acordeão, pois foi o primeiro a ser idealizado e construído na família dos instrumentos de palheta. De acordo com a região que era usado, o cheng recebia nomes diferentes: schonofouye , hounofouye, tcheng, cheng, khen, tam kim, yu, tchao e ho. De acordo com o padre jesuíta Amiot, o cheng foi levado da China para São Petersburgo, na Rússia, onde Kratzenstein (Christien Theophile), doutor em filosofia, em medicina e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Copenhague, nascido em Wernigerode, na Prússia, em 1723, examinou o instrumento e verificou que o seu agente sonoro era uma lâmina de metal que vibrava por meio do sopro, produzindo sons graves e agudos.
Ele sugeriu que Kirschnik aplicasse, nos tubos dos órgãos de sua fabricação, esta lâmina livre de metal, o que foi feito em 1780. Da Rússia, passou para a Europa, tendo a Alemanha tomado grande interesse sobretudo nos instrumentos de órgão. Foi daí que Christien Friederich Ludwig Buschmann, fabricante de instrumentos, teve a ideia de reunir várias lâminas afinadas e fixadas numa placa formando uma escala cujos sons se faziam ouvir passando rapidamente através do sopro, isto em 1822. Mais tarde, ele transformou esta pequena placa num instrumento musical para brinquedo de criança, tocado com as duas mãos, ao qual deu o nome de handaolina ou harmónica de mão. Para tanto, aumentou o número de palhetas de metal e o tamanho do aparelho , anexando- lhe um pequeno fole e uma série de botões. Este instrumento, depois, segundo a história, foi aperfeiçoado por Koechel e, 7 anos mais tarde, o austríaco Cirilo Demian construiu, em Viena, um instrumento rudimentar de palheta livre, teclado e fole, ao qual, em virtude de ter 4 botões na parte da mão esquerda que, ao serem tocados com os dedos afundados, permitiam a obtenção do acorde, deu o nome de acordeão, nome que ficou definitivamente ligado ao instrumento através de inúmeros aperfeiçoamentos.
O sistema de palheta livre já havia sido aperfeiçoado por Grenié em 1810, na França, sendo rico em sonoridade e dando origem ao órgão. O francês Pinsonat empregou o mesmo sistema no alamiré ou diapasão tubular que veio a chamar-se tipófono ou tipótono e do qual se originou a gaita de boca, cuja invenção se deve a Eschenbach. A gaita de boca é um conjunto de palhetas metálicas como linguetas, dispostas cada uma em seu caixilho e vibradas pelo ar soprado pela boca.
Na França, o acordeão foi aperfeiçoado em 1837 por C. Buffet. Segundo todos os tratados sobre o assunto, o acordeão nada mais é do que o aperfeiçoamento de diversos instrumentos do mesmo género, como o oeline de Eschenbach, o aerophone de Christian Dietz, a physarmónica de Hackel etc., tomando, desde esta data, sua forma definitiva e seus variados registos para mudança de intensidade e timbre do som.
Mais tarde, com a escala cromática, o acordeão pôde produzir qualquer melodia ou harmonia e inúmeros fabricantes o aperfeiçoaram colocando registros, tanto na mão direita com na esquerda, para maior variedade de sons. Na Alemanha, o primeiro acordeão foi construído em 1822, em Berlim, é deste país que vêm os célebres acordeões da marca Hohner. Os primeiros acordeões italianos foram construídos em 1863 em Castelfidardo, em Ancona, surgindo depois Paolo Soprani e Stradella-Dellapé.
Recipiente de ar
Canudo de sopro
Tubos de bambu
O recipiente de ar parece o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro tem a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de bambu variava, porém, a mais usada é a de 17. Interessante é que, destes 17 tubos de bambu, 4 não têm a abertura embaixo para a entrada do ar, sendo, portanto, mudos e colocados somente por uma questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar ou reservatório de ar, existem as perfurações onde são fixados os tubos de bambu. Em cada tubo, é colocado a lingueta ou palheta, para produzir o som. Este recipiente (espécie de cabaça) é abastecido constantemente pelo sopro do músico, que tapa, com as pontas dos dedos, os pequenos orifícios que existem na parte inferior de cada tubo. De acordo com a música a ser executada, ele vai soltando os dedos, podendo formar até acordes. Em cada tubo de bambu, há um caixilho próprio para ser colocada a lingueta, presa por uma extremidade e solta na outra, que vibra livremente quando o ar comprimido a agita.
O cheng é o precursor do harmónio e do acordeão, pois foi o primeiro a ser idealizado e construído na família dos instrumentos de palheta. De acordo com a região que era usado, o cheng recebia nomes diferentes: schonofouye , hounofouye, tcheng, cheng, khen, tam kim, yu, tchao e ho. De acordo com o padre jesuíta Amiot, o cheng foi levado da China para São Petersburgo, na Rússia, onde Kratzenstein (Christien Theophile), doutor em filosofia, em medicina e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Copenhague, nascido em Wernigerode, na Prússia, em 1723, examinou o instrumento e verificou que o seu agente sonoro era uma lâmina de metal que vibrava por meio do sopro, produzindo sons graves e agudos.
Ele sugeriu que Kirschnik aplicasse, nos tubos dos órgãos de sua fabricação, esta lâmina livre de metal, o que foi feito em 1780. Da Rússia, passou para a Europa, tendo a Alemanha tomado grande interesse sobretudo nos instrumentos de órgão. Foi daí que Christien Friederich Ludwig Buschmann, fabricante de instrumentos, teve a ideia de reunir várias lâminas afinadas e fixadas numa placa formando uma escala cujos sons se faziam ouvir passando rapidamente através do sopro, isto em 1822. Mais tarde, ele transformou esta pequena placa num instrumento musical para brinquedo de criança, tocado com as duas mãos, ao qual deu o nome de handaolina ou harmónica de mão. Para tanto, aumentou o número de palhetas de metal e o tamanho do aparelho , anexando- lhe um pequeno fole e uma série de botões. Este instrumento, depois, segundo a história, foi aperfeiçoado por Koechel e, 7 anos mais tarde, o austríaco Cirilo Demian construiu, em Viena, um instrumento rudimentar de palheta livre, teclado e fole, ao qual, em virtude de ter 4 botões na parte da mão esquerda que, ao serem tocados com os dedos afundados, permitiam a obtenção do acorde, deu o nome de acordeão, nome que ficou definitivamente ligado ao instrumento através de inúmeros aperfeiçoamentos.
O sistema de palheta livre já havia sido aperfeiçoado por Grenié em 1810, na França, sendo rico em sonoridade e dando origem ao órgão. O francês Pinsonat empregou o mesmo sistema no alamiré ou diapasão tubular que veio a chamar-se tipófono ou tipótono e do qual se originou a gaita de boca, cuja invenção se deve a Eschenbach. A gaita de boca é um conjunto de palhetas metálicas como linguetas, dispostas cada uma em seu caixilho e vibradas pelo ar soprado pela boca.
Na França, o acordeão foi aperfeiçoado em 1837 por C. Buffet. Segundo todos os tratados sobre o assunto, o acordeão nada mais é do que o aperfeiçoamento de diversos instrumentos do mesmo género, como o oeline de Eschenbach, o aerophone de Christian Dietz, a physarmónica de Hackel etc., tomando, desde esta data, sua forma definitiva e seus variados registos para mudança de intensidade e timbre do som.
Mais tarde, com a escala cromática, o acordeão pôde produzir qualquer melodia ou harmonia e inúmeros fabricantes o aperfeiçoaram colocando registros, tanto na mão direita com na esquerda, para maior variedade de sons. Na Alemanha, o primeiro acordeão foi construído em 1822, em Berlim, é deste país que vêm os célebres acordeões da marca Hohner. Os primeiros acordeões italianos foram construídos em 1863 em Castelfidardo, em Ancona, surgindo depois Paolo Soprani e Stradella-Dellapé.
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