História, perguntado por moneandre100, 1 ano atrás

Heróis, bandidos ou aventureiros?

Existem inúmeras interpretações sobre a ação dos conquistadores espanhóis na América. Ainda no século XVI os primeiros cronistas relatavam o heroísmo e bravura dos espanhóis que atravessaram o mar e ocuparam a América. Entretanto, vários historiadores afirmam que os responsáveis pela conquista e colonização da América eram indivíduos dispostos a se enriquecerem facilmente, buscando, para isso, fortuna fácil, além de não hesitar em eliminar comunidades inteiras, bem como destruir templos e cidades. Outros, por sua vez, defendem que é de suma importância compreender e não julgar as atitudes dos homens no tempo, com destaque para o caráter aventureiro da empreitada, a qual não pode ser considerada fácil.

Os fragmentos de textos apresentados abaixo apresentam as diferentes visões sobre a conquista da América. Leia-os com atenção.

Texto 1

A conquista do México e a conversão dos povos da Nova Espanha podem e devem ser incluídas entre as histórias do mundo, não só por terem sido bem-sucedidas, mas porque foram tão grandiosas [...]. Longa vida, pois, ao seu nome e memória [de Cortés], que conquistou tão vasta terra, converteu tamanha multidão de homens, derrubou tantos ídolos e pôs fim a tantos sacrifícios e ao consumo da carne humana!

GÓMARA, Francisco López de. Historia de la conquista de México, 1552. In: RESTALL, Matthew. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 25.

Texto 2

A dúvida a respeito da identidade dos homens de Castela subsistiu até o momento em que, já hóspedes dos astecas em Tenochtitlán, perpetraram a matança do Templo Maior. O povo em geral acreditava que os estrangeiros eram deuses. Mas, quando viram seu modo de comportar-se, sua cobiça e sua fúria, forçados por esta realidade, mudaram sua maneira de pensar: os estrangeiros não eram deuses, mas [...] bárbaros, que tinham vindo destruir sua cidade e seu antigo modo de vida.

LEÓN-PORTILLA, Miguel. A conquista da América Latina vista pelos índios: relatos astecas, maias e incas. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 17.

Texto 3

Como agentes livres à caça de oportunidades (tanto as proporcionadas pelas redes de patrocínio compostas por seus conterrâneos quanto as decorrentes da concorrência com outros espanhóis), os conquistadores raramente prendiam a alguma região. Assim como não eram designados para a conquista pelo rei, como seus soldados, tampouco eram por ele encarregados de povoar as terras conquistadas como seus colonos. Monarca e invasores falavam muito em povoamento, porém mais como meio de extração de riquezas que como um fim em si mesmo.

RESTALL, Matthew. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 89.

Com base nos fragmentos de textos, redija um texto dissertativo discorrendo sobre os seguintes aspectos:

a) De que forma cada um dos textos representa o papel e a ação dos conquistadores? Destaque as principais diferenças entre os três textos.

b) Enquanto futuro professor de História como você apresentaria os conquistadores espanhóis? Você se alinharia a alguma destas formas de pensamento? Em caso afirmativo, qual?

Soluções para a tarefa

Respondido por LarissaMoura3
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a) O papel e a ação dos conquistadores no texto I consistem na exaltação das conquistas da Espanha na América. O texto II aborda os conquistadores como bárbaros gananciosos. E o texto III apresenta uma visão técnica da colonização.

b) É preciso apresentar os conquistadores espanhóis de três maneiras: com a demonstração de cada uma das correntes de pensamento, reconhecendo a complexidade do cenário relacionado e sem limitação a um viés ideológico a respeito da conquista.

Bons estudos!

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